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Cidades

Anvisa quer vacinação de crianças longe de adultos e fora de drive-thru

Recomendações constam em plano de imunização infantil contra covid apresentado ao STF

Adriel Mattos | 27/12/2021 14:22
Versão infantil da vacina da Pfizer, já autorizada pela Anvisa. (Foto: Divulgação/Ministério dos Assuntos Sociais da Estônia)
Versão infantil da vacina da Pfizer, já autorizada pela Anvisa. (Foto: Divulgação/Ministério dos Assuntos Sociais da Estônia)

A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, apresentou um plano de vacinação de crianças com uma série de recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A maioria delas pode impor dificuldades aos municípios.

Uma delas quer que a imunização dos indivíduos de 5 a 11 anos seja em ambiente separado dos adultos, de preferência em dias específicos para crianças. A aplicação não deve ocorrer na modalidade drive-thru.

Além disso, a criança deve ficar em observação por 20 minutos após ser imunizada. Os profissionais de saúde devem ser treinados para evitar erros, e orientar os pais e responsáveis sobre eventuais efeitos colaterais e reações adversas.

Deve haver um intervalo de 15 dias entre a vacina contra covid-19 e imunizantes contra outras doenças. Caso a criança complete 12 anos no intervalo entre a primeira e a segunda dose, deverá ser aplicada a versão pediátrica para fechar o ciclo de vacinação.

O Campo Grande News procurou tanto o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, como o secretário municipal de Saúde de Campo Grande, José Mauro de Castro Filho, para comentar a possibilidade de seguir essas medidas, mas não obteve resposta.

Segurança – A secretária Rosana Leite de Melo, em manifestação na nota técnica que apresentou o plano de vacinação infantil, defendeu a imunização para o público. Ela apontou que 13 países já estão vacinando crianças.

“Antes de recomendar a vacinação contra covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, pontuou.

Rosana citou eventuais reações adversas, mas argumentou que elas são raras e podem acontecer mesmo em vacinas de outras doenças. “Os efeitos colaterais graves que podem causar um problema de saúde a longo prazo são extremamente improváveis após qualquer vacinação, incluindo a vacinação contra covid-19”, escreveu.

A Anvisa aprovou o uso da Comirnaty (Pfizer / BioNTech) em crianças no dia 16 de dezembro. Desde então, o governo federal vem tentando adiar a ampliação, com a abertura de consulta popular e a realização de uma audiência pública em janeiro.

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