ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, DOMINGO  05    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Baixa adesão deve fazer MS terminar 2021 sem atingir meta de multivacinação

Cobertura adequada e que afasta risco de infecções ou mesmo retorno de doenças erradicadas é de 95%

Lucia Morel | 23/11/2021 06:27
Bebê recebendo dose de vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)
Bebê recebendo dose de vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)

Como em anos anteriores, 2021 deve acabar sem que a população de 0 a 14 anos de Mato Grosso do Sul tenha sido vacinada adequadamente. A maior cobertura vacinal do Estado até agora – em plena campanha nacional de multivacinação – é da primeira dose do imunizante tríplice viral, que alcança 63,10%. Contra a poliomielite, uma das mais importantes, o alcance é de apenas 58,20% e a meta não é alcançada desde 2016.

Segunda preconiza o Ministério da Saúde e autoridades mundiais em saúde, uma cobertura adequada e que afasta riscos de muitas infecções ou mesmo retorno de doenças erradicadas, é de 95%. No caso da vacina contra a febre amarela, por exemplo, que em MS é endêmica, a indicação é cobertura de 100%.

Um dos percentuais mais baixos deste ano no Estado para o público infantil é da segunda dose da tríplice-viral – que combate até o sarampo – com cobertura de apenas 27,84%; da vacina contra hepatite B em recém-nascidos com até 30 dias, com índice de apenas 45,06%; e da dose contra poliomielite aos 4 anos, com somente 48,06%.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Em Campo Grande, não é diferente e segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apenas a BCG - que é aplicada, em sua maioria, ainda na maternidade - atingiu a meta em 2020, sendo vacinada 104,72% da população do município. Neste ano, o percentual está em 20%, conforme números do Tabnet, do Ministério da Saúde.

A secretaria reforça que a baixa cobertura é um retrato nacional e relembra que o próprio Ministério iniciou em outubro a campanha multivacinação para atualização da caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos.

No entanto, “durante os 30 dias previstos para campanha, a busca em todo o território nacional continuou insatisfatória, havendo a necessidade de prorrogação da campanha por mais 30 dias”, diz nota da Sesau.

Quem mais sofre com a falta das vacinas e tornam-se vulneráveis são as crianças de 0 a 4 anos de idade, que por terem a imunidade em formação, tornam-se alvos fáceis às doenças e correm o risco de, caso infectadas, desenvolvam as formas mais graves.

Em 2020 – conforme a Sesau, demais doses, como a tríplice viral, que protege, entre outros vírus, contra o sarampo, foi aplicada em apenas 88,13% das crianças no ano passado. A VIP (Vacina Inativada), que protege contra três vírus que provocam a poliomielite, foi aplicada em somente 82,7% das crianças.

Nos siga no Google Notícias