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Cidades

Campanha contra dengue terá força-tarefa e até uso de aplicativos

Secretário Estadual de Saúde admite perigo de uma nova epidemia em 2020, no Mato Grosso do Sul

Leonardo Rocha | 04/11/2019 11:52
Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, no lançamento da campanha contra dengue (Foto: Leonardo Rocha)
Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, no lançamento da campanha contra dengue (Foto: Leonardo Rocha)

O governo estadual lançou hoje (04), durante a manhã, a campanha de combate a dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, em Mato Grosso do Sul. A edição deste ano terá foco na realização de "forças-tarefas" nos 79 municípios, palestras e ações de orientação nas escolas, capacitação de agentes e um aplicativo (celular) para empresas informarem sobre vistorias e focos dentro dos estabelecimentos.

A campanha foi lançada pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, em evento na sede da Governadoria. "Nosso foco é reduzir o número de casos, já que existe sim um perigo de uma nova epidemia dengue no Estado, pois se trata de uma doença sazonal. Por enquanto está estável, até porque o período de chuvas deu uma adiada”, disse ele.

O secretário lembrou que Mato Grosso do Sul esteve entre os estados com maior número de casos do País. Segundo a Coordenação Estadual de Vetores, foram 72.121 casos notificados no Estado, com 27 mortes confirmadas em 2019, número bem acima das 4 (mortes) registradas em 2018 e 3 no ano de 2017.

Força-tarefa: O primeiro ponto da campanha será a realização de “forças-tarefas” em todos os municípios do Estado, com a participação das autoridades municipais e comunidade em geral. Para isto o governo estadual vai repassar aos municípios 500 mil sacos de lixo, 3 mil pares de luvas ecológicas, um milhão de folders, 20 mil cartazes, 700 faixas e 1.600 banners para campanhas educativas.

Chamada de “Vamos Limpar Nossa Casa”, este ponto se concentra nas residências e terrenos baldios, onde se encontra mais focos do mosquito da dengue. Já está marcado inclusive uma ação No Parque dos Poderes, no dia 12 de novembro, com agentes e pessoal capacitado que vai passar por todas as repartições públicas e locais desta área.

Coordenador estadual de Controle de Vetores, Mauro Rosário (Foto: Leonardo Rocha)
Coordenador estadual de Controle de Vetores, Mauro Rosário (Foto: Leonardo Rocha)

Escolas – Outro ponto será a realização de palestras educativas com apresentação de teatros para estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares, com a intenção de levar todas estas informações aos estudantes, que irão usar este conhecimento em suas residências, fortalecendo o combate dentro das casas. “Temos que trabalhar em todas as frentes, preparar o Exército para guerra que está por vir”, disse Resende.

O terceiro foco da campanha será na capacitação dos agentes de combate de endemias, que vão passar por novos cursos e oficinas, para ganharem mais conhecimento em relação aos vetores, como será as organizações e trabalho de campo, os métodos de controle e até a segurança no trabalho, para o uso correto dos equipamentos.

Aplicativo – Uma das novidades será o aplicativo “e-Visita Voluntário”, que vai permitir que um funcionário escolhida pela empresa, possa se capacitar, e com este conhecimento realizar vistorias e identificar eventuais focos dentro do estabelecimento. Por meio desta plataforma ele vai avisar as autoridades sobre a situação do local, inclusive pedindo ajuda para combate e material.

“Todo este repasse de informações por meio digital, sem envio de papeis, o que vai permitir intervenções rápidas nos locais, ele (funcionário) vai informar sobre os focos da empresa, podendo tirar fotos e explicar os problemas, para que os agentes e autoridades busquem uma solução”, disse o coordenador estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário.

O coordenador revelou que as empresas só perder para as residências, em relação a produção de focos para dengue. “Elas (empresas) produzem muitos resíduos e alguns ficam em locais irregulares, tanto que várias pessoas pegam as doenças dentro dos locais de trabalho. Agora poderemos ter um voluntário que vai cuidar e informar tudo pelo aplicativo”.

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