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Cidades

Casos seguem subindo e Saúde alerta para variante indiana em MS

Até o momento, variante da Índia não foi confirmada no Estado, mas já está presente no Paraguai

Guilherme Correia | 17/05/2021 11:46
Vacinas usadas no Brasil já se provaram eficazes contra as variantes já confirmadas no Estado (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Vacinas usadas no Brasil já se provaram eficazes contra as variantes já confirmadas no Estado (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Boletim epidemiológico confirma mais 28 mortes por covid em Mato Grosso do Sul, sendo que 11 vítimas tinham menos de 60 anos. Durante coletiva feita nesta manhã (17), a secretária-adjunta em Saúde, Crhistinne Maymone, ressaltou que infecções continuam crescendo e alertou sobre os perigos de novas variantes.

O Brasil fechou suas fronteiras, isso é uma medida de segurança importante para nós. Temos uma variante nova na Índia. O que eu posso fazer agora? Posso me proteger e quando chegar o momento em que eu posso, me vacinar", disse Crhistinne Maymone.

Maymone menciona que a mutação do coronavírus, que surgiu na Índia depois do país asiático sofrer maior colapso sanitário em toda a pandemia, já foi verificada em países próximos ao Estado.

"Já há variantes aqui ao redor do nosso Estado - Argentina e Paraguai. Elas são novas variantes, que vieram da Índia e os voos que passaram lá já não estão mais podendo vir para o Brasil", disse.

A secretária-adjunta ressalta o colapso de saúde vivido pelo país vizinho, Paraguai, que tem maior extensão fronteiriça com o território sul-mato-grossense. "Está com superlotação do sistema de saúde e com problemas na mitigação da doença. Nós temos que permanecer o maximo que pudermos em momento de defesa, proteção, de nós e daqueles que amamos", finalizou.

Boletim atualizado - Mais de 266,1 mil pessoas tiveram covid-19 em algum momento da pandemia, sendo que 6.230 delas não resistiram e morreram.

A curva de mortes, nas últimas semanas têm apresentado redução na comparação com os meses de abril e março, apesar de ainda indicarem alto índice de óbitos - em média, são 28 mortes sendo registradas diariamente na última semana.

Além disso, os casos estão em curva crescente. O primeiro pico na média de infecções por dia aconteceu em 28 de agosto, sendo que em quatro meses depois, em 22 de dezembro, houve novo crescimento acentuado. O pico seguinte aconteceu em 1 de abril, pouco menos de quatro meses depois, e agora há a nova crescente.

Ainda que decretos mais restritivos, feitos no final de março, e o início da campanha de vacinação tenham contribuído para a pequena redução nas mortes, a secretária-adjunta Crhistinne Maymone também ressaltou que a recente flexibilização no Dia das Mães pode ter contribuído em novo crescimento de casos.

"Estamos com aumento. Claramente, nos últimos 21 dias, estamos em ascendência [...] essa semana vai começar a aparecer, já que tivemos flexibilização do Dia das Mães. As datas comemorativas interferem sim na mobilidade e circulação das pessoas, e na transmissibilidade e no contágio que essas pessoas conseguem atingir, de certa forma, outras pessoas", explicou.

A macrorregião de saúde de Campo Grande, que mesmo englobando outros municípios que tenham ou não UTI (Unidade de Terapia Intensiva), é composta quase que totalmente por hospitais e pacientes da própria Capital, registrou 92% dos leitos de terapia intensiva ocupados.

Nos últimos dias, esse índice passou a ficar abaixo de 100%, indicando um leve arrefecimento na saúde pública local, ainda que esteja em patamar considerado crítico, sobretudo na comparação com o período pré-pandemia. Conforme o documento, maior parte das internações (62%) ocorrem por casos de covid.

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