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Cidades

Com 318 casos e uma morte, MS lidera registros de coqueluche, alerta organização

Organização Pan-Americana de Saúde alertou para aumento dos registros nas Américas, citando dados do Brasil

Por Silvia Frias | 03/06/2025 11:08
Com 318 casos e uma morte, MS lidera registros de coqueluche, alerta organização
Campanha de setembro de 2024, quando trabalhadores da Saúde de MS atualizaram vacinação, entre elas, contra coqueluche (Foto/Arquivo)

A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) divulgou boletins epidemiológicos com alerta para o aumento nos casos de coqueluche e febre amarela na região do continente americano em 2025.  No Brasil, Mato Grosso do Sul figura como maior número registrado este ano, 318, incluindo a morte de um bebê de quase dois meses de idade.

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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alerta para o aumento de casos de coqueluche e febre amarela nas Américas em 2025. No Brasil, Mato Grosso do Sul lidera os registros de coqueluche, com 318 casos, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. Crianças menores de um ano são as mais afetadas, representando 27,7% dos casos. A queda na vacinação durante a pandemia é apontada como causa principal. Em relação à febre amarela, foram confirmados 235 casos e 96 mortes na região, com destaque para São Paulo, Pará e Minas Gerais. A Opas reforça a necessidade de ampliar a cobertura vacinal, disponível nas Unidades Básicas de Saúde. O risco é considerado alto, mas os números estão dentro da média histórica.

Hoje, no total, a região das Américas registra 43.751 casos de coqueluche em 2024, o maior número desde 2019, puxado pelos Estados Unidos (10.062).

No Brasil, foram notificados 1.634 casos confirmados, incluindo cinco óbitos, em 2025, sendo que MS e outros dois estados figuram com maiores altas: São Paulo (274) e Rio Grande do Sul (234). O número é o segundo maior dos últimos nove anos, ficando atrás somente dos registros de 2024.

Segundo publicação da Folha de S. Paulo, o grupo etário mais afetado é a de crianças menores de um ano (452) representando 27,7%, seguido pelo grupo de 1 a 4 anos (416) representando 25,5%. Os surtos identificados não incluem populações especiais, mas foram notificados, em 2025, um surto em uma creche e cinco surtos em domicílios.

Conforme a Opas, o aumento nos casos se deu pela queda no número de vacinas DTP1 e DTP3 durante os anos de pandemia de Covid. Em 2021, a região das Américas atingiu seu nível mais baixo em duas décadas, com coberturas de 87% para DTP1 e 81% para DTP3.

A doença, também conhecida como "tosse comprida", é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetélla Pertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

O médico pediatra infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca outras características da coqueluche.

"A coqueluche é uma doença infecciosa de altíssima transmissibilidade. Tem como características acometer a população de uma maneira geral, de tempos em tempos, fruto da imunidade que não persiste após a infecção natural", disse. No Brasil, é aplicada a vacina dTPa (difteria, tétano e coqueluche).

Em fevereiro deste ano, MS registrou a morte de criança de 1 mês e 29 dias em Campo Grande pela doença. A criança passou por diversos atendimentos médicos antes de evoluir para o óbito devido a complicações respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia. Após exames, o diagnóstico foi confirmado no dia 21 pelo Lacen (Laboratório Central). O órgão também informa que, devido à idade, a criança não havia recebido as vacinas necessárias para a imunização.

O Campo Grande News questionou a SES (Secretaria Estadual de Saúde) sobre as ações de combate ao aumento de casos da doença e aguarda retorno para atualização do texto.

Febre amarela - Em 2025, até 25 de maio, foram notificados 235 casos humanos confirmados de febre amarela em cinco países da região das Américas, havendo 96 óbitos, sendo a maioria deles fora de regiões amazônicas. O risco foi considerado como "alto", mas o número é semelhante a outros anos com o mesmo risco.

No Brasil foram notificados 111 casos confirmados em humanos, incluindo 44 mortes. Os estados com registros foram São Paulo (55 casos, e 31 óbitos), Pará (45 casos, e sete óbitos), Minas Gerais (10 casos, e cinco óbitos) e Tocantins (um caso fatal).

A Opas alerta para a necessidade de reforçar a cobertura da vacina de febre amarela, disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). (Com informações da Agência Brasil).

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