ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  07    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Com baixa vacinação, gripe já matou 22 em MS, 2 bebês e 8 em uma semana

Em Campo Grande, nem 13% do grupo prioritário foi vacinado, segundo dados da Sesau

Lucia Morel | 11/05/2023 10:05
Frasco de vacina contra gripe em uso. (Foto: Arquivo)
Frasco de vacina contra gripe em uso. (Foto: Arquivo)

Com oito mortes em uma semana, sendo duas de bebês entre 0 e 1 ano de idade por causa da Influenza B, a gripe começa com força no outono e a baixa cobertura de vacinação é apontada como principal responsável. Em Campo Grande, nem 13% do grupo prioritário foi vacinado, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

O boletim semanal da SES (Secretaria de Estado de Saúde) sobre Influenza mostra que já são 22 mortes por gripe este ano, sendo 13 causadas pelo vírus tipo B (que normalmente não causa óbitos) e 8 pelo tipo A H1N1. Os dois bebês faleceram por Influenza B nos dias 14 de abril e 7 de maio nas cidades de Sonora e Campo Grande, respectivamente.

Cobertura vacinal contra gripe em Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Cobertura vacinal contra gripe em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Conforme a gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES, Lívia de Mello Almeida Maziero, a baixa cobertura vacinal contribui com o cenário, principalmente após período de pandemia, em que a circulação de vírus gripais ficou estagnada. “Quado eles voltam a circular, ficamos mais suscetíveis a desenvolver formas graves, porque o corpo esquece como reagir e responder a eles”, afirma.

Como o corpo está com a resposta imune prejudicada, o vírus B chegou de forma atípica, com mutações, e causando mais óbitos. “Apesar disso, não é responsável pelos casos mais graves. Porque as internações são predominantemente por vírus sincicial respiratório”, relata.

Para Lívia, no início da campanha de vacinação contra gripe, no começo de abril, o apelo era justamente para que as pessoas se vacinassem, porque com a imunidade prejudicada, a vacina poderia fortalecer o sistema imunológico e ajudar o corpo a combater a gripe.

Por fim, ela afirma que é preciso haver vacinação e, se possível, mais cuidados como uso de máscaras e no caso das crianças, evitar que elas frequentem espaços coletivos se estiverem com sintomas gripais.

Fonte: SES
Fonte: SES


Nos siga no Google Notícias