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Cidades

Com mais que o dobro de pais interessados, 131 crianças esperam adoção em MS

A proporção é de 2,3 interessados para cada criança quie vive hoje em abrigos do Estado, a epsera de uma família

Ângela Kempfer | 11/10/2020 17:05


Crianças brincam em abrigo de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Crianças brincam em abrigo de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Depois de perderem o vínculo com a família biológica, 131 crianças estão hoje em abrigos em Mato Grosso do Sul a espera de adoção. O surpreendente é que no outro  extremo desta realidade ficam mais que o dobro de interessados em conquistar o status de pai ou mãe. Na fila a espera do sinal verde de Justiça para adoção, estão 311 pessoas. A proporção é de 2,3 interessados para cada menino e menina.

Na véspera do Dia das Crianças, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulga números como forma de dar transparência ao processo. Na analise dos números, a distância entre o número de interessados e da quantidade vivendo em abrigos pode estar nas características das crianças.

No geral, a maioria tem mais de 6 anos, o que reduz o interesse das famílias na adoção. No Brasil, no universo de quase 31 mil crianças em abrigos atualmente, apenas 4.435 têm menos de 3 anos de idade.

A maioria dos abrigados é de adolescentes: são 5.886 com 12 a 15 anos e 8.634 com mais de 15 anos. A distribuição por gênero é similar, com 50,7% de meninos e 49,3% de meninas.


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Aqui em Mato Grosso do Sul, das 718 crianças acolhidas, 163 meninos e meninas já estão a poucos passos de ganharem novo sobrenome, com inicio do processo de adoção. Desde o ano passado, 203 finalizaram essa etapa e já conquistaram uma família.

O painel de informações do SNA  (Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento), aponta  que São Paulo (1.075), Minas Gerais (677), Rio Grande do Sul (648), Paraná (519) e Rio de Janeiro (493) são os estados com maior número de crianças aptas a serem adotadas.

O Conselho Nacional de Justiça lembra que o primeiro passo para quem quer adotar é procurar a Vara de Infância e Juventude (VIJ) da sua região. Lá, a pessoa obterá informações específicas sobre o processo e receberá uma lista de documentos pessoais a serem apresentados – como cópia do CPF, identidade, certidão de casamento ou união estável (se for o caso) – comprovante de residência, comprovante de bons antecedentes criminais e atestado de saúde física e mental.

Após protocolar a inscrição, a pessoa – ou casal – deve participar de um curso de preparação psicossocial e jurídica voltada para adoção. Nesse curso, os candidatos a adotantes adquirem uma noção mais ampla da importância da preparação emocional de toda a família e de todas as mudanças que virão com a chegada de um novo integrante.

Atualmente, a região Sudeste registra mais de 15 mil crianças abrigadas, a maior quantidade do país. Já a região Norte é a que tem o menor registro, com pouco mais de 1,9 mil crianças acolhidas.

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