Comitiva de MS em Israel não consegue voltar para casa após ataque ao Irã
Três servidores estaduais de MS estão em hotel na região de Jafa, mas seguem sem previsão de retorno ao Brasil
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Comitiva de MS em Israel aguarda retorno após ataque. Três representantes do governo de Mato Grosso do Sul em missão oficial a Israel estão em Jafa, ao sul de Tel Aviv, aguardando a reabertura do espaço aéreo para retornar ao Brasil. O grupo, composto por membros das secretarias de Saúde e Ciência e Tecnologia, participava de uma missão do Consórcio Brasil Central em parceria com a Embaixada de Israel. O retorno foi adiado devido ao bombardeio israelense contra instalações iranianas, que resultou na morte de líderes militares. A comitiva relatou ter ouvido sirenes durante o ataque, mas afirmou estar em segurança em um hotel com bunker. O Consórcio Brasil Central e o governo de MS garantem que estão priorizando a segurança do grupo e trabalhando com a Embaixada do Brasil em Israel para providenciar o retorno assim que possível.
Três integrantes da comitiva de Mato Grosso do Sul que estão em missão internacional em Israel não tem previsão de retorno ao Brasil após o país realizar um ataque contra o Irã na madrugada de quinta-feira (12). O grupo segue na cidade de Jafa, ao sul de Tel Aviv, e informou que está em segurança, mas que ainda será preciso aguardar a reabertura do espaço aéreo para embarcar de volta.
Entre os representantes de MS estão Christinne Maymone, secretária-adjunta da SES (Secretaria de Estado de Saúde); Marcos Espíndola, responsável pelo setor de tecnologia da pasta; e Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, conforme nota divulgada pelo governo estadual.
A missão oficial faz parte das ações do Consórcio Brasil Central, com apoio da Embaixada de Israel no Brasil. Ao Campo Grande News, Christinne explica que a viagem, prevista para ocorrer entre os dias 7 e 14 de junho, foi organizada com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional e promover a troca de experiências em áreas estratégicas para o desenvolvimento dos estados do Brasil Central.
"É uma agenda oficial de várias áreas: inovação, agricultura, tecnologia e saúde. Na área da saúde visitamos hospitais de referência mundial e conhecemos várias experiências em saúde digital", aponta Christinne .
Ela também relatou que, durante o ataque, eles estavam hospedados em um hotel em Jafa quando ouviram duas sirenes durante a madrugada. Apesar do susto, todos estão bem e protegidos.
“Estamos todos bem. Em segurança em um bom hotel que tem bunker em todos os andares”, afirmou. “Estamos sendo muito bem apoiados pela embaixada de Israel, embaixada do Brasil e o Ministério das Relações Exteriores de Israel”, acrescentou Christinne.
No entanto, ela explicou que ainda não há uma data definida para retorno. “Cabe a nós esperarmos a reabertura do espaço aéreo”, disse a secretária-adjunta da SES.

Em nota, o Consórcio Brasil Central afirmou que está concentrado em garantir a segurança da comitiva. “Reiteramos que a integridade e a segurança da comitiva é prioridade absoluta neste momento e que todas as medidas estão sendo adotadas com prudência, responsabilidade e atenção total ao cenário internacional.”
O governo de Mato Grosso do Sul também informou que os três representantes estão recebendo suporte das autoridades locais e que a Embaixada do Brasil já foi acionada para providenciar o retorno assim que possível. “A Embaixada brasileira já foi acionada para garantir o retorno de toda comitiva ao Brasil, tão logo haja possibilidade de deixar Israel com segurança por voo”, diz trecho do comunicado.
Israel lançou uma nova série de ataques aéreos contra o Irã, que atingiu instalações militares e nucleares em várias cidades, incluindo Teerã, onde 78 civis morreram. O ataque, iniciado na noite de quinta (12), foi descrito pelo Irã como “declaração de guerra”. Em resposta, Teerã lançou drones contra Israel, embora sem causar danos significativos.
A ofensiva matou importantes líderes militares iranianos e cientistas do programa nuclear. A AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) expressou preocupação com o risco de contaminação e criticou o bombardeio a instalações nucleares.
O líder supremo do Irã prometeu "retaliação sem limites", mas aliados regionais como Hezbollah e Houthis ainda não responderam com ataques. Os EUA, aliados de Israel, reforçaram sua presença militar e alertaram o Irã para evitar novos confrontos, indicando que os próximos ataques poderão ser “ainda piores”. A crise marca uma escalada crítica desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
A reportagem entrou em contato com o Itamaraty para saber quais providências serão tomadas. Entretanto, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.