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Cidades

De dentro da Máxima, preso liderava exército de 500 homens no Tocantins

O interno também fazia o remanejamento de armamento para outras cidades e ordenava execuções

Viviane Oliveira | 03/02/2020 11:37
De dentro da Máxima, preso liderava exército de 500 homens no Tocantins
Nesta manhã, também no presídio de Segurança Máxima, foram transferidos cerca de 50 homens para o novo presídio (Foto: Marcos Maluf)

A operação Praetorium Minati, deflagrada nesta segunda-feira (3), pela Polícia Civil do Tocantins, cumpriu mandando de prisão contra um detento do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. O nome dele não foi divulgado. 

Da penitenciária, segundo o delegado Eduardo de Menezes, titular da Deic (Delegacia Especializada Em Investigações Criminais), o interno que exercia a função "Geral do Cadastro" dentro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) comandava cerca de 500 membros da organização no interior do Tocantins.  

"Ele foi preso em Campo Grande, mas continuou como um dos líderes da facção no Tocantins. Era responsável, por exemplo, por fazer o levantamento dos membros da organização no interior do Estado, fazia o remanejamento de armas para outras cidades e ordenava execuções", disse à reportagem, por telefone, o delegado responsável pela operação. 

Quanto ao plano de matar o juiz, Eduardo disse que não há indícios de participação do preso. No entanto, o interno tinha importante papel dentro do grupo. O detento vai responder por mais um crime, organização criminosa, e por enquanto deve continuar na penitenciária. 

Para o delegado, todas os 29 alvos com mandados de prisão preventiva estão interligados e cada um deles possui uma espécie de registro com número e apelidos dentro da organização - situação que dificulta a identificação pessoal. “ Em alguns casos, o “registro” do faccionado é inclusive alterado para dificultar a sua identificação”, aponta.

De dentro da Máxima, preso liderava exército de 500 homens no Tocantins
Transcrição de conversa entre os presos faccionados (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Ainda segundo o delegado, conforme áudios autorizados pela Justiça, membros da facção apontam cerca de 500 pessoas no Estado em atuação na organização criminosa. “O grupo é tão organizado que chega a fazer teleconferências entre os integrantes. Em um dos diálogos identificados, os suspeitos falam em comercialização de drogas na Praia da Graciosa. E em outro, falam da comercialização de cocaína pura com maior valor aquisitivo na comercialização”, afirmou. Mais de 150 homens participaram da operação.

Operação - Manuscritos encontrados na CPPP (Casa de Prisão Provisória de Palmas) ameaçando juízes de Palmas, no Tocantins, levaram a Operação Praetorium Minati, deflagrada na manhã desta segunda-feira (3) pela Deic (1ª Divisão Especializada na Repressão ao Crime Organizado) a cumprir mandados no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande.

Uma das cartas chega a mencionar que um adolescente seria recrutado para assassinar um juiz do Tocantins. Derivado do Latim, Praetorium Minati faz alusão à ameaça ao Poder Judiciário. Até as 10h, foram cumpridos 27 prisões de 29 mandados nas cidades de Palmas, Paraíso, Guaraí, Tocantinópolis, Colinas, Oliveira de Fátima, Arraias e Nova Rosalândia, além do presídio em Campo Grande.

Transferência - Operação envolvendo várias forças policiais também foi deflagrada nesta manhã para transferir detentos do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, para a nova Penitenciária Estadual Masculina da Gameleira, localizada na MS-455.

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