Em imóveis de MS e RJ, polícia apreendeu meio milhão em ação contra fraudes
PF cumpre 9 mandados de busca, entre eles, no Bauhaus Ipanema, no Rio de Janeiro

A PF (Polícia Federal) apreendeu R$ 510,2 mil em dinheiro durante a Operação Vox Veritatis, deflagrada hoje para apurar possíveis fraudes em licitações da gestão passada, envolvendo recursos públicos federais destinado à SED-MS (Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul) até 2021.
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A Polícia Federal apreendeu R$ 510,2 mil durante a Operação Vox Veritatis, que investiga fraudes em licitações na Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca, com foco em Campo Grande e no Rio de Janeiro, onde foram encontrados R$ 363,4 mil e R$ 146,8 mil, respectivamente. A operação, realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União e a Receita Federal, revelou que empresários e servidores públicos manipulavam cotações de preços para garantir contratos, em troca de comissões. Participam da ação 33 policiais federais, além de auditores e analistas da Receita Federal e da CGU.
Estão sendo cumpridos nove mandados de busca, sendo oito no Mato Grosso do Sul e um no Rio de Janeiro, este no Bauhaus Ipanema, no bairro de mesmo nome. Em Campo Grande, um dos alvos é apartamento no Edifício Hannover.
No apartamento sem mobília deste edifício, a PF encontrou R$ 363,4 mil em um cofre em um dos armários embutidos. No endereço no Rio de Janeiro, foram apreendidos R$ 146,8 mil. Além do dinheiro, documentos foram apreendidos e levados para a sede da PF, em Campo Grande.
A Operação Vox Veritatis foi deflagrada pela PF, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal. A investigação colheu elementos indicando possíveis fraudes praticadas por empresários em cumplicidade com servidores públicos da SED-MS, permitido a contratação, de forma mais onerosa, na modalidade adesão a atas de registro de preços vigentes em outros órgãos/entidades públicos.
Segundo a PF, os empresários e servidores inseriam falsas cotações de preços com objetivo de demonstrar vantagem econômica nas atas dos preços a que se pretendia aderir. Dessa maneira, os fornecedores com atas registradas em outros órgãos/entidades públicos obtinham a garantia de que fechariam contrato pela secretaria e, em contrapartida, pagavam uma comissão de 5% aos empresários que faziam a intermediação. Parte dessa comissão era depois repartida com os servidores públicos envolvidos.
Participam da operação oito auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, três servidores da CGU e 33 policiais federais.
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