ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, DOMINGO  19    CAMPO GRANDE 17º

Cidades

Ex-piloto e delator do PCC morre em confronto com policiais

Felipe Ramos Morais ficou preso em Campo Grande por 3 anos após revelar esquema de lavagem de dinheiro

Ana Paula Chuva | 19/02/2023 09:34
Felipe foi preso em maio de 2018 pela Polícia Civil de Goiás e apontado como coordenador de rotas do PCC. (Foto: Mais Goiás)
Felipe foi preso em maio de 2018 pela Polícia Civil de Goiás e apontado como coordenador de rotas do PCC. (Foto: Mais Goiás)

O ex-piloto do PCC (Primeiro Comando da Capital) e delator do esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção, Felipe Ramos Morais, morreu em confronto com policiais do COD (Comando de Operações do Cerrado) da Polícia Militar em Abadia de Goiás. O homem chegou a ficar preso por três anos na Penitenciária Federal de Campo Grande e foi solto em razão de uma doença.

Além de Felipe, outros dois homens suspeitos de tráfico de drogas também morreram na ação. Os policiais ainda apreenderam três helicópteros que estavam com o grupo, drogas e três pistolas semiautomáticas. O bando foi encontrado após denúncias de moradores. Ao todo, oito policiais trabalharam na operação.

Delator – Em maio de 2018 Felipe foi preso acusado de transportar para a morte duas lideranças do PCC, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, cuja execução teria sido determinada por Marcos Herbas Camacho, o Marcola, considerado um dos mais perigosos criminosos brasileiros.

Morais então fez um acordo com a Justiça e revelou o esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção no âmbito da operação Laços de Família, realizada pela PF (Polícia Federal). A quadrilha era liderada pelo subtenente da Polícia Militar Silvio Cesar Molina Azevedo, em Mundo Novo. O piloto atuava fazendo o transporte de entorpecentes para o grupo criminoso.

Nas declarações feitas em acordo registrado pela Polícia Federal, afirmou ter sido contratado para atender a família de Silvio Molina por meio do filho do subtenente, Jefferson Henrique Piovezan Molina Azevedo, o “Jeffinho”, executado no Centro de Mundo Novo em junho de 2017. O jovem tinha 25 anos.

Em abril de 2021, decisão da Justiça colocou Felipe em liberdade por conta de uma doença. Ele estava na Penitenciária Federal de Campo Grande e a decisão deveria ser mantida em sigilo absoluto, já que o ex-piloto estava sob ameaça da facção. Em setembro de 2020, ele chegou a tentar suicídio dentro da unidade penal.

Nos siga no Google Notícias