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Cidades

Filha não desistiu e mãe vai conseguir cirurgia e prótese a 350 km de casa

Sofrendo com fratura no fêmur há 40 dias, cabeleireira de 62 anos vai operar na Caravana da Saúde em Amambai

Caroline Maldonado | 14/07/2022 11:01
Mãos da cabeleireira Josefa Duarte Janebo, de 62 anos, e a filha, a autônoma Mara Gomes Duarte, de 36 anos. (Foto: Marcos Maluf)
Mãos da cabeleireira Josefa Duarte Janebo, de 62 anos, e a filha, a autônoma Mara Gomes Duarte, de 36 anos. (Foto: Marcos Maluf)

Depois de quebrar o fêmur, uma moradora do bairro Mata do Jacinto, na Capital, recebeu orientação médica para voltar para casa, mesmo sentindo dores. De lá para cá, já se foram 40 dias de remédios pesados e a cabeleireira Josefa Duarte Janebo, de 62 anos, descobriu que precisaria de uma prótese que não tem na rede pública. A espera só não vai se prolongar porque uma viagem de 351 quilômetros custeada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) levará a idosa à mesa de cirurgia em Amambai, na Caravana da Saúde.

Depois de tantas medicações e idas e vindas a UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), Josefa não consegue nem falar e se comunica com os familiares pelo olhar. A filha, a autônoma Mara Gomes Duarte, de 36 anos, faz o alerta para que as pessoas que precisam de diagnóstico e cirurgia não desistam de buscar solução.

“Soubemos que, na rede particular, a cirurgia custaria R$ 50 mil e mais R$ 10 mil por dia, caso minha mãe precisasse de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Aí, fomos atrás de onde poderia ter e soubemos, graças a uma cliente e amiga da minha mãe, que tinha em Amambai, na Caravana da Saúde. Ela vai operar sábado, vai ser de avião e não vamos pagar nada. Quem precisa não pode aceitar quanto o médico fala que tem que esperar, tem que ir atrás no posto, na defensoria pública, buscar alguém que dê informação e ajude a conseguir”, comenta Mara.

Josefa caiu em casa e não percebeu que o fêmur ficou trincado. Dias depois, ela sentiu o osso quebrar quando descia de um ônibus. Na UPA, um exame de raio-x não revelou nada e a cabeleireira voltou para casa.

Em casa, a cabeleireira Josefa Duarte Janebo, de 62 anos, e a filha, a autônoma Mara Gomes Duarte, de 36 anos. (Foto: Marcos Maluf)
Em casa, a cabeleireira Josefa Duarte Janebo, de 62 anos, e a filha, a autônoma Mara Gomes Duarte, de 36 anos. (Foto: Marcos Maluf)

Passados mais alguns dias, sem saber o que fazer, a filha levou Josefa a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Nova Bahia, onde a médica orientou que a família fizesse uma ressonância magnética. O exame revelou a fratura e uma amiga da família sugeriu que procurassem a Caravana, já que a cabeleireira recebeu informação de que não tem prótese em Campo Grande e teria que esperar, sem previsão de data para a cirurgia.

Caravana da Saúde - Responsável por fazer andar as filas de exames e cirurgias em todos os municípios do Estado, neste ano a Caravana terá mais de 70 mil procedimentos médicos de média e alta complexidade.

A Caravana é realizada em duas modalidades: “Opera MS” e “Examina MS”, com atendimentos exclusivos em unidades hospitalares e clínicas médicas credenciadas pelo Governo do Estado.

Entre as cirurgias realizadas estão as ortopédicas, vasculares, oftalmológicas, de otorrinolaringologia e urológicas. A Caravana também oferece exames como ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas, ultrassonografias, cardiovasculares, de cintilografia, endoscopia e colonoscopia.

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