Furtos de celular crescem em MS e, proporcionalmente, superam média nacional
Já os crimes patrimoniais caíram e mantêm índice entre os menores do país
Mato Grosso do Sul registrou 4.406 furtos de celular em 2024, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior (4.249). Proporcionalmente à população, o Estado teve 16 furtos de celular para cada 10 mil habitantes, índice acima da média nacional, que foi de 15,1 por 10 mil.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul registrou aumento de 3,7% nos furtos de celulares em 2024, totalizando 4.406 ocorrências. A taxa estadual, de 16 furtos para cada 10 mil habitantes, supera a média nacional (15,1). O estado ocupa a 10ª posição no ranking nacional, com índice maior que estados vizinhos como Mato Grosso e Goiás. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. O anuário aponta que o furto de celulares representa mais da metade dos furtos no país, com 325.486 casos em 2024. Especialistas atribuem o cenário à facilidade de revenda e à existência de mercados paralelos. Apesar de medidas como o Cadastro Nacional de Celulares Impedidos, a efetividade ainda é limitada. Em Mato Grosso do Sul, a média diária foi de 12 furtos. Recomenda-se maior integração entre polícias e empresas de telefonia, campanhas de incentivo ao registro de boletins de ocorrência e ações para combater quadrilhas especializadas.
Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, que aponta que o furto de celulares representa mais da metade de todos os furtos registrados no País. No total, o Brasil teve 325.486 celulares furtados em 2024, número que vem se mantendo em taxa estável nos últimos três anos.
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Entre os estados com as maiores taxas proporcionais de furto de celular estão o Distrito Federal (37,5 por 10 mil), São Paulo (27,4) e Rio de Janeiro (20,1).
Já os menores índices foram registrados no Piauí (2,6), Amapá (2,9) e Pará (4,4). Mato Grosso do Sul ficou na 10ª posição entre os 27 estados, com taxa superior à de estados vizinhos como Mato Grosso (10,3) e Goiás (14,4).
O relatório diz que os furtos de celular estão ligados à facilidade de revenda dos aparelhos e à existência de mercados paralelos que ainda operam com poucos controles. Apesar da criação do Cadastro Nacional de Celulares Impedidos e de iniciativas de bloqueio remoto, a efetividade das medidas ainda é limitada — especialmente fora dos grandes centros urbanos.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há também forte subnotificação nesses crimes: muitas vítimas não registram boletim de ocorrência, especialmente em casos onde o valor do aparelho é mais baixo ou quando há dificuldade de acesso à delegacia.
Em MS, a média diária de furtos de celular foi de aproximadamente 12 casos por dia em 2024. Especialistas defendem maior integração entre as polícias e empresas de telefonia, além de campanhas públicas para incentivar o registro das ocorrências e ações específicas para desarticular quadrilhas especializadas.
O celular, além de bem material, também concentra dados pessoais, bancários e profissionais dos usuários — o que amplia os danos causados por esse tipo de crime, conforme a publicação.
Furtos no geral — Mato Grosso do Sul registrou 14.665 furtos em 2024, considerando quaisquer tipos de bens, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. O número representa queda de 6,5% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 15.684 casos.
Com isso, o Estado mantém uma das menores taxas proporcionais do País: 53,1 furtos por 10 mil habitantes, bem abaixo da média nacional, que é de 81,1 por 10 mil.
Na comparação proporcional entre todos os estados, MS aparece na 20ª posição entre os 27 entes da federação, com taxa inferior à de vizinhos como Mato Grosso (69,1) e Goiás (94,2), e bem distante das taxas mais altas: São Paulo (148,6) e Rio Grande do Sul (141,8), que lideram o ranking.