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Cidades

Giroto é condenado pela 2ª vez, agora a 7 anos e meio

Outros três réus em processo derivado da operação receberam punição da Justiça Federal

Marta Ferreira | 19/03/2020 20:06
Edson Giroto, ex-deputado e ex-secretário de Obras, recebeu segunda condenação da Justiça Federal nesta semana (Foto: arquivo)
Edson Giroto, ex-deputado e ex-secretário de Obras, recebeu segunda condenação da Justiça Federal nesta semana (Foto: arquivo)

Exatamente um ano depois de ser condenado a 10 anos de prisão, como consequência da operação Lama Asfáltica, o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto, 60 anos, recebeu nesta quarta-feira (18) a segunda pena derivada da investigação iniciada em 2015, contra envolvidos em esquema milionário de desvio de dinheiro público.

A condenação anterior era por ocultar recursos de compra de fazenda de R$ 7,6 milhões. Agora, o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, condenou Edson Giroto à pena de 7 anos e meio por lavagem de dinheiro relacionada à compra de propriedade rural por R$ 5,1 milhões.

Na mesma sentença, foi estabelecida punição ao ex-diretor da Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), Wilsond Roberto Mariano, à filha dele, Mariane Mariano de Oliveira e João Afif Jorge, engenheiro que também era ligado à agência. A pena de Beto Mariano, como é mais conhecido, é de 9 anos, a de Mariane de 8 anos e a de João ficou em 7 anos e meio.

Foram identificadas transações irregulares no nome dos acusados, que comprovara, conforme a sentença, o crime de lavagem de dinheiro.

Prejuízo - Na decisão, o juiz Bruno Cesar Texeira determinou aos réus que façam a reparação aos caixas públicos de valor de R$ 4,3 milhões. Ordenou, também, o sequestro de propriedade rural em nome dos réus.

 Das quatro pessoas, Giroto é o único encarcerado, por ter prisão preventiva determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele cumpre pena na conhecida cela 17 do CT (Centro de Triagem) Anízio Lima, em Campo Grande, onde já ficou o ex-governador André Puccinelli, também investigado na Lama Asfáltica.

 Os outros  três condenados poderão recorrer em liberdade da sentença. Como ela é de primeiro grau não cabe prisão conforme as regras que vigoram desde decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre cumprimento de pena só quando a sentença transita em julgado e não há mais recursos.

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