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Cidades

MS registra 722 mulheres no 1º ano de alistamento militar feminino

Em Campo Grande número de interessadas foi mais do que o dobro das vagas disponíveis somente no Exército

Por Dayene Paz | 02/07/2025 07:58
MS registra 722 mulheres no 1º ano de alistamento militar feminino
Mulheres que ingressaram na carreira militar. (Foto: Divulgação)

No ano em que o Brasil abriu oficialmente o alistamento militar para mulheres nas Forças Armadas, Mato Grosso do Sul registrou 722 inscrições. O número colocou o estado na 14ª posição do ranking nacional, em um processo seletivo que superou expectativas e mostrou o interesse feminino por ocupar um espaço historicamente restrito aos homens.

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Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou 722 inscrições femininas para o primeiro alistamento militar voluntário nas Forças Armadas, ocupando a 14ª posição no ranking nacional. Campo Grande liderou com 327 candidatas para 99 vagas no Exército, enquanto Corumbá e Ladário somaram 96 inscrições, principalmente para a Marinha. No âmbito nacional, foram 33.721 alistamentos femininos para 1.465 vagas nas três Forças. O Ministério da Defesa investiu R$ 2 milhões em adequações de infraestrutura, e a incorporação está prevista para 2026. Atualmente, as mulheres representam 10% do efetivo militar brasileiro, com 37 mil integrantes.

A capital, Campo Grande, concentrou a maior parte da demanda. Segundo o Comando Militar do Oeste, até março deste ano, 327 mulheres haviam se alistado voluntariamente para o serviço militar. Na capital sul-mato-grossense, o número de interessadas foi mais do que o dobro das vagas disponíveis, 99 ao todo, somente no Exército.

Outros dois municípios do estado também foram contemplados: Corumbá, com 83 inscrições, e Ladário, com 13. Ambas as cidades oferecem oportunidades especialmente pela Marinha.

Ao todo, o país teve 33.721 alistamentos femininos, para apenas 1.465 vagas disponíveis nas três Forças. O número de candidatas representa mais de 23 vezes o total de vagas oferecidas. O estado com maior número de inscrições foi o Rio de Janeiro, com mais de 8 mil mulheres alistadas, seguido por São Paulo, Distrito Federal, Amazonas e Pará.

O alistamento, que antes era obrigatório apenas para homens, passou a incluir mulheres de forma voluntária, em caráter experimental. Elas devem passar por um processo com quatro etapas: seleção geral, seleção complementar, distribuição e incorporação. A entrada nas unidades está prevista para ocorrer em dois momentos: entre 2 e 6 de março ou 3 e 7 de agosto de 2026.

Para preparar os quartéis, o Ministério da Defesa investiu R$ 2 milhões em adequações de infraestrutura, como construção de banheiros, alojamentos, aquisição de equipamentos de segurança e implantação de reconhecimento facial.

A expectativa é que o número de mulheres nas Forças Armadas cresça de forma progressiva. Hoje, o Brasil tem 37 mil militares do sexo feminino, o equivalente a 10% do efetivo total.

A experiência de Mato Grosso do Sul, com grande procura mesmo diante da limitação de vagas, evidencia que há uma nova geração de mulheres disposta a ocupar trincheiras antes fechadas.

Incorporação - Ela ocorrerá em 2026, conforme já informaram as Forças Armadas. Em Campo Grande, há 99 vagas distribuídas entre a base de administração e apoio (60), Hospital Militar (12) e Colégio Militar (27). Mais vagas estão previstas para o Exército de Corumbá e a Marinha de Ladário.

O público masculino totalizou pouco mais de 1 milhão de alistados em todo o Brasil.

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