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Cidades

Na versão mexicana, ex-major Carvalho virou Guillermo e “rejuvenesceu” 4 anos

Diante das autoridades na Hungria, ele disse ter receio de ser julgado pela Justiça Brasileira

Aline dos Santos | 24/06/2022 09:03
Apelidado de "Escobar brasileiro", ex-major Carvalho foi preso com documento mexicano. (Foto: Reprodução)
Apelidado de "Escobar brasileiro", ex-major Carvalho foi preso com documento mexicano. (Foto: Reprodução)

Preso nesta semana na Hungria com documentos falsos, o ex-major Sergio Roberto de Carvalho, expulso da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, usava documentos de nacionalidade mexicana em nome de Guillermo Flores.

Enquanto o ex-oficial, apelidado de “Escobar brasileiro”, nasceu em 18 de abril de 1958, a versão mexicana “nasceu” em 25 de junho de 1962. O documento  tem data de expedição de junho de 2021, quando Carvalho já era foragido da operação Enterprise, liderada pela PF (Polícia Federal) do Paraná.

Diante das autoridades na Hungria, ele disse ter receio de ser julgado pela Justiça Brasileira.  Em novembro de 2020, Carvalho fugiu do cerco chamou a atenção por ter até uma versão “morto-vivo”.

Na ofensiva contra o tráfico internacional de drogas, foram bloqueados R$ 400 milhões em bens e imóveis dos investigados, incluindo carros de luxo, joias, imóveis e 37 aeronaves (uma delas avaliada em 20 milhões de dólares).

Em Portugal, num imóvel ligado ao major, foram apreendidos 12 milhões de euros em uma van. Na Espanha, a mansão de Carvalho foi avaliada em 2,5 milhões de euros.

A investigação revelou organização criminosa com tentáculos no exterior e várias localidades no Brasil: Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. O objetivo era levar cocaína para a Europa, onde o quilo da droga é vendido por R$ 200 mil.

No Estado, foi identificado grupo com quatro pessoas que atuava na logística de “internalização, transporte e fornecimento de carregamentos de cocaína a partir de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, com uso de caminhões graneleiros”.

Apesar de comum que chefões do tráfico de drogas polarizem entre a atividade criminosa e a vitrine de empresários bem sucedidos no mercado formal, o ex-major foi além: tinha uma versão morta, batizada de Paul Wouter.

A defesa Wouter apresentou certidão de óbito por covid-19, sendo o corpo cremado, portanto sem condições de análise de DNA dos restos mortais para confirmar a identificação.

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