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Meio Ambiente

Novembro deve ser de chuva intensa e trégua no calorão dos últimos tempos

Mês terá temperaturas mais amenas do que as que costumam ser registradas neste período

Tainá Jara | 30/10/2020 18:25
Nuvens carregadas cobrem Campo Grande nos últimos dias de outubro (Foto: Henrique Kawaminami)
Nuvens carregadas cobrem Campo Grande nos últimos dias de outubro (Foto: Henrique Kawaminami)

Após longo período de estiagem sobre interferência da La Niña, Mato Grosso do Sul terá novembro de chuva acima da média, conforme previsão do Cemtec (Centro do Monitoramento do Tempo e do Clima). É esperado precipitação entre 150 e 200 milímetros principalmente nas regiões norte e nordeste com temperaturas mais amenas, durante o mês. Em dezembro e janeiro, no entanto, a La Niña se intensifica com redução das chuvas em período de plantio de soja.

As precipitações intensas serão acompanhadas de altas temperaturas, porém mais amenas do que as que costumam ser registradas no período. Espera-se que as temperaturas fiquem abaixo da média durante novembro em até -1.5 °C.

“Assim, espera-se que novembro seja de temperaturas agradáveis, especialmente a partir do retorno das chuvas estimadas na segunda semana do mês”, afirma a previsão.

De acordo com a meteorologista Franciane Rodrigues, a falta de chuva deverá atingir os meses de dezembro e janeiro.

“A La Niña impacta na falta de chuva no período chuvoso. Isso é muito forte para a produção, porque nesse período que a soja está em fase de desenvolvimento e a La Niña provoca a falta de chuva no período chuvoso. Esse seria um aviso para quem está plantando”.

Menos chuva no final do ano - Conforme o modelo prognóstico climático fornecido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas poderão ficar abaixo do esperado durante os meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021 em Mato Grosso do Sul.

O ano de 2020 é oficialmente um ano de La Niña. O fenômeno trata-se do resfriamento das águas na superfície do oceano Pacífico Equatorial e isso reflete na circulação atmosférica, resultando em extremos climáticos em todo o mundo.

Desde agosto os modelos de meteorologia nacional e internacional indicavam que a atuação da La Ninã seria pouco significativa devido a sua intensidade ser considerada fraca. Porém, as atualizações dos modelos na segunda quinzena de outubro mostraram que a principal zona de monitoramento do Oceano Pacifico Equatorial se encontra com temperaturas abaixo da média em -1.4 °C, valor que indica intensidade moderada a atual La Niña.

Após essa intensificação do resfriamento das águas superficiais e a confirmação da resposta atmosférica a esse resfriamento, muitos dos modelos preditivos preveem comportamentos condizentes a um evento de La Niña moderado ou até mesmo forte até o final desse ano.

Desta forma, é possível que a La Niña atinja seu máximo de intensidade em dezembro ou janeiro de 2021– ou seja, durante o verão no hemisfério sul - e a partir de fevereiro e março, deverá começar a perder força e gradualmente voltar a condições de neutralidade durante o outono de 2021. Dessa forma, o La Niña desse ano poderá ser forte, porém de curta duração.


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