Procura por vacina contra influenza cresce 7 vezes em MS e mortes caem
Levantamento do Campo Grande News identifica que cerca de 91% das vítimas da gripe estavam sem imunizante
A vacinação contra a gripe cresceu cerca de sete vezes em Mato Grosso do Sul, na comparação entre os meses de dezembro de 2021 com janeiro deste ano. Desde o fim do ano passado, a média de mortes por influenza teve redução e, até agora, cerca de 91% das vítimas registradas pelo Ministério da Saúde não tinham tomado a vacina antigripal.
No último mês do ano passado, foram aplicadas 73,3 mil doses e, no primeiro mês de 2022, foram contabilizados 513,6 mil imunizantes, em território estadual.
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Vale ressaltar que houve apagão de dados epidemiológicos de doenças respiratórias - documentados pela pasta federal por meio do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) -, após ataque hacker em dezembro.
Desta forma, pode haver subnotificação ou atraso no registro de informações, que mudariam a análise.
Ainda assim, os dados indicam que houve aumento expressivo na quantidade de doses de vacina contra a gripe aplicadas, após surtos da doença registrados no fim do ano passado, e, ao mesmo tempo, nota-se redução no número de mortes.
Campanha - Ainda que o atual fármaco, produzido pelo Instituto Butantan, não garanta proteção contra a cepa Darwin, apontada como responsável pelo aumento de casos de influenza H3N2, alguns especialistas acreditam em “imunidade cruzada” - isto é, quando alguma defesa é conferida ao indivíduo vacinado, por se tratar de mutações semelhantes.
O boletim epidemiológico publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) nesta quinta-feira (10) trouxe zero morte pela doença e a média dos últimos sete dias é de 0,9 óbito a cada 24 horas.
Há 15 dias atrás, o mesmo índice era de 2,1 registros por dia - ou seja, houve redução de aproximadamente 57%.
Vale ressaltar que, conforme levantamento feito pelo Campo Grande News, com base em mais de 30 mil registros de vítimas, consolidados até o fim de janeiro, indica que de 68 vítimas da gripe, apenas seis tinham tomado a vacina contra a gripe nos últimos 12 meses.
Em geral, os imunizantes são oferecidos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) nos grupos prioritários, estabelecidos nas campanhas - geralmente, crianças, idosos e profissionais de saúde. A da gripe é feita, desde 1999, a partir entre abril e julho, que é quando os casos ocorrem com mais frequência.
Com o aumento dos casos da H3N2, autoridades sanitárias locais elaboraram estratégias para aplicar as vacinas sobressalentes. Com carregamentos próprios, clínicas particulares de vacinação estão aptos a vender e aplicar este imunizante.