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Sem sede e sem funcionários, empresas venciam licitações em Miranda

Equipes policiais cumprem 31 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e mais duas cidades

Por Ana Paula Chuva | 01/10/2025 11:10
Sem sede e sem funcionários, empresas venciam licitações em Miranda
Policiais saindo com malote de uma das lojas em Sidrolândia (Foto: Marcos Maluf)

Deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), a Operação Copertura apura fraude em licitações na cidade de Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande. A investigação apurou que algumas das empresas não tinham funcionários, muito menos sede para operar.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul deflagrou a operação Copertura para investigar fraudes em licitações na cidade de Miranda, localizada a 208 quilômetros de Campo Grande. A investigação revelou que empresas sem funcionários e sem sede própria venciam contratos com a prefeitura desde 2020. A operação cumpriu 31 mandados de busca e apreensão, mirando empresas como Infomaster Soluções, Zornimat e Papelaria Paulo Freire. O esquema envolvia um servidor público e empresários que forneciam propostas de cobertura para diversos tipos de produtos, incluindo materiais de construção, alimentos e kits escolares.

Ao todo, são cumpridos 31 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (1º). A investigação apontou a existência de organização criminosa que atua, desde 2020, em Miranda, na fraude sistemática em licitações para diversos tipos de produtos, por meio de conluio de empresários que forneciam propostas ou orçamentos de “cobertura” e que conta com a atuação de um servidor público no esquema.

Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), algumas das empresas vencedoras dessas licitações não possuíam funcionários ou sede própria, mas assinaram contratos variados com a Prefeitura de Miranda. Entre eles, contratos para o fornecimento de materiais de construção, alimentos, produtos de limpeza, itens de informática e kits escolares.

Entre os alvos estão a Infomaster Soluções em TI e Mobiliário Corporativo, no bairro Jardim dos Estados, e a Zornimat, na Avenida Afonso Pena. Policiais também estiveram na casa de uma funcionária de uma dessas empresas, no bairro Jardim Panamá.

Logo cedo, policiais e promotores foram até a sede da prefeitura em Miranda, mas não há informações sobre os alvos. O Campo Grande News não conseguiu contato com o prefeito de Miranda, Fábio Santos Florença (PSDB), o Fabinho.

Em Sidrolândia, os policiais estiveram em três endereços ligados a Pedro Luiz Ribeiro Ruano: a casa do empresário, a Papelaria Paulo Freire e outra empresa. A operação conta ainda com apoio de policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais, ambos da Polícia Militar.

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