ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

STF encerra 4º dia do julgamento sobre demarcações sem decisão

Indígenas bloquearam rodovias do Estado em protesto contra tese que limita demarcações

Adriel Mattos | 08/09/2021 17:06
Indígenas seguem acampados em Brasília para acompanhar julgamento. (Foto: Deriva Jornalismo)
Indígenas seguem acampados em Brasília para acompanhar julgamento. (Foto: Deriva Jornalismo)

O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou a sessão desta quarta-feira (8), em que analisa o RE (Recurso Extraordinário) 1.017.365, com a leitura de parte do voto do relator, ministro Edson Fachin. O julgamento será retomado na quinta-feira (9), deste ponto.

Fachin leu boa parte de seu voto, mas não entrou no mérito da questão, já que a sessão foi encerrada para que os demais magistrados pudessem participar de audiências marcadas para hoje.

O presidente da Corte, Luiz Fux, decidiu pela suspensão para que o julgamento seja retomado exatamente de onde parou. Segundo o portal G1, a suspensão do julgamento já havia sido acordada mais cedo entre os ministros, que concordaram.

Na semana passada, 38 advogados de entidades falaram contra e a favor da tese que pode limitar a demarcação de terras indígenas pelo critério em que nativos só podem reivindicar a demarcação das terras que já eram ocupadas por eles antes da data de promulgação da Constituição de 1988, o chamado “marco temporal”.

Entre essas falas, estavam a dos advogados da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Luiz Henrique Eloy Amado; e da Famasul Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul, Gustavo Passarelli.

O caso está sendo julgado pelo STF, pois, em 2013, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aplicou o “marco temporal” em uma decisão em que concedeu uma parte da Reserva Biológica do Sassafrás, Terra Indígena Ibirama LaKlãnõ, ao Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina.

Após a decisão, a Funai (Fundação Nacional do Índio) ingressou com recurso no Supremo questionando a decisão do TRF-4. O entendimento do STF poderá ser aplicado em outras decisões semelhantes no Brasil.

Ao longo do dia, indígenas do Estado chegaram a bloquear dez rodovias federais, que começaram a ser liberadas ao fim da sessão.

Nos siga no Google Notícias