ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUINTA  02    CAMPO GRANDE 32º

Cidades

STJ descarta anular quarta fase da Lama Asfáltica

A defesa alegou que houve fraude processual e parcialidade da magistrada

Aline dos Santos | 16/12/2021 08:18
Políciais federais foram às ruas em 11 de maio de 2017, na quarta fase da Lama Asfáltica. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Políciais federais foram às ruas em 11 de maio de 2017, na quarta fase da Lama Asfáltica. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

Maior investigação contra a corrupção em Mato Grosso do Sul, a Operação Lama Asfáltica segue mobilizando embate entre defesa e acusação nos tribunais.

Se em decisão recente, o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) declarou a suspeição de juiz em processo contra Edson Giroto (ex-deputado federal e ex-secretário de Obras); numa outra frente, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido para anular a quarta fase da operação.

Batizada de Máquinas de Lama, essa etapa, deflagrada em 11 de maio de 2017, se notabilizou pela imposição do uso de tornozeleira eletrônica e fiança de R$ 1 milhão para o ex-governador André Puccinelli (MDB).

Por não verificar nulidade, a ministra Laurita Vaz negou recurso em que André Luis Cance, ex-secretário adjunto da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), pedia a anulação das decisões judiciais da Máquinas de Lama. Ele chegou a ser preso, mas responde a processo em liberdade.

André Cance foi preso na Máquinas de Lama. (Foto: Arquivo)
André Cance foi preso na Máquinas de Lama. (Foto: Arquivo)

A defesa alegou que houve fraude processual e parcialidade da magistrada federal responsável pelo caso.

Segundo argumentou, as decisões judiciais que possibilitaram a deflagração dessa etapa teriam sido confeccionadas quando as representações da Polícia Federal se encontravam na sede do Ministério Público Federal; por isso, não teria sido possível à juíza consultar as provas para elaborar as decisões.

As decisões foram da juíza federal Monique Marchioli Leite. Para a ministra Laurita Vaz, as inconsistências encontradas restaram devidamente justificadas pelo juízo federal de primeiro grau.

"Nessa linha, como bem ressaltou o acórdão impugnado, não há nulidade a ser reconhecida, seja por falta de prova pré-constituída das irregularidades apontadas ou por ausência de comprovação de prejuízo à defesa ou de parcialidade da magistrada federal no deferimento das medidas cautelares no decorrer da investigação", afirmou.

O advogado José Wanderley Bezerra Alves,  que atua na defesa de Cance, informa que ingressou com agravo interno no STJ para questionar a decisão monocrática da ministra. "Porque entendemos que existe vício que macula o processo".

A força-tarefa da Lama Asfáltica é formada pela PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

André foi alvo da quarta fase e obrigado a usar tornozeleira, além de pagar fiança de R$ 1 milhão. (Foto: André Bittar/Arquivo)
André foi alvo da quarta fase e obrigado a usar tornozeleira, além de pagar fiança de R$ 1 milhão. (Foto: André Bittar/Arquivo)


Nos siga no Google Notícias