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Cidades

Superintendência tem 3 mil carteiras de trabalho esquecidas no Estado

Documento físico segue essencial em casos de falhas no sistema digital e revisões judiciais, alerta órgão

Por Ketlen Gomes | 03/06/2025 14:15
Superintendência tem 3 mil carteiras de trabalho esquecidas no Estado
Superintendência guarda documentos perdidos e esquecidos há anos. (Foto: Divulgação)

A SRTE-MS (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul) informa que possui cerca de 3 mil carteiras de trabalho sob sua guarda, que foram perdidas ou esquecidas pelos titulares. Desse total, aproximadamente mil documentos foram encontrados e enviados pelos Correios, provenientes de diferentes cidades do Estado.

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A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE-MS) mantém sob sua guarda aproximadamente 3 mil carteiras de trabalho perdidas ou esquecidas. Do total, mil documentos foram encontrados e enviados pelos Correios, enquanto outras 2 mil carteiras foram emitidas, mas nunca retiradas pelos titulares. Segundo o superintendente Alexandre Cantero, a implementação da CTPS digital contribuiu para o esquecimento dos documentos físicos. No entanto, ele ressalta que a versão física continua sendo fundamental, especialmente em casos de falhas no registro digital ou para comprovar vínculos empregatícios antigos em disputas judiciais e revisões previdenciárias.

O órgão explica ainda que outras 2 mil carteiras de trabalho foram emitidas no local, mas jamais retiradas pelos próprios donos. Entre os documentos, há casos de carteiras emitidas há mais de uma década, jamais retiradas pelos titulares.

Para o superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero, um dos fatores que contribuem para o grande volume de documentos esquecidos é a CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) digital.

"Desde a implantação da CTPS digital, muita gente acredita que o documento físico não tem mais utilidade. Mas ele continua sendo fundamental, principalmente quando há falhas no registro digital por parte das empresas", ressalta Cantero.

A retirada das carteiras pode ser feita gratuitamente, na sede da Superintendência Regional do Trabalho, localizada na Rua 13 de Maio, 3.214, no Centro de Campo Grande. Para isso, basta apresentar um documento oficial com foto.

"Temos documentos aqui que não foram retirados há anos. Estão guardados, esperando seus donos, e podem ser fundamentais para garantir direitos como aposentadoria, contagem de tempo de serviço e acesso ao FGTS", alerta o superintendente.

Superintendência tem 3 mil carteiras de trabalho esquecidas no Estado
Pasta reforça que Carteira de Trabalho física é importante para garantir direitos. (Foto: Divulgação)

O órgão reforça que quem perdeu a carteira de trabalho também pode registrar um boletim de ocorrência e solicitar a segunda via, apresentando documentos como RG, CPF e comprovantes de vínculos empregatícios.

"Esses documentos ficam guardados por até 100 anos. Nosso compromisso é preservar esse patrimônio profissional dos trabalhadores, mas é importante que cada um faça sua parte e venha resgatar o que é seu por direito", completa Cantero.

A CTPS foi criada em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, e a versão digital do documento passou a funcionar em setembro de 2019. Apesar da praticidade, em alguns casos, como disputas judiciais ou revisões previdenciárias, a carteira física é o único documento capaz de comprovar vínculos empregatícios antigos. O documento físico segue como símbolo da proteção dos direitos trabalhistas.

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