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Cidades

Com 3 caminhonheiros na lista das vítimas da covid, ação testa 450 em BR

Iniciativa do Sest-Senat está testando caminhoneiros no posto da PRF, na saída de Dourados

Leonardo Rocha e Bruna Marques | 12/06/2020 12:02
Caminhoneiros passam por teste rápido de coronavírus (Foto: Henrique Kawaminami)
Caminhoneiros passam por teste rápido de coronavírus (Foto: Henrique Kawaminami)

Das 28 mortes por coronavírus já registradas em Mato Grosso do Sul, três foram de profissionais que ganham a vida percorrendo as estradas para transportar produtos. Sem exagero, ganhar atrás do volante é, neste momento, profissão de risco, indicam os dados. Em 4 dias, iniciativa do Sest-Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) na rodovia BR-163, saída para Dourados, em Campo Grande,  testou 450 pessoas entre caminhoneiros e motoristas de ônibus durante quatro dias. Foi identificado que cinco já tiveram coronavírus e se curaram da doença.

A testagem ocorre com o apoio da empresa CCR MSVia e a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Os caminhoneiros e motoristas de ônibus que passam pelo posto 21 da PRF, descem do veículo, lavam as mãos, recebem máscaras e logo depois passam pelo teste rápido do coronavírus, com resultado divulgado em dez minutos.

Este teste identifica quem está com a doença no momento, assim como aqueles que já possuem “anticorpos”, por já ter sido contaminado com coronavírus. Das 450 pessoas que foram testadas desde segunda-feira (08), nenhum deu positivo para doença, mais cinco apresentaram que já tiveram covid-19 e se curaram.

Além do teste, os motoristas recebem um kit que possui álcool em gel e seus veículos passam por borrifação de desinfetante na cabine, portas, volante e câmbio.  Um médico e uma enfermeira ainda aferem a temperatura e fazem o cadastro do resultado dos testes.

Caminhoneiro José Nascimento Vieira (Foto: Henrique Kawaminami)
Caminhoneiro José Nascimento Vieira (Foto: Henrique Kawaminami)

Ação válida – Profissionais entrevistados gostaram da iniciativa para saber se estão ou não com o vírus. “Ação importante, pois estamos na estrada durante muito tempo, expostos à doença, apesar de tomarmos cuidado com a prevenção, nunca é 100% garantido”, disse o caminhoneiro Adriano Korchuvei, de 37 anos, que estava voltando de Barra Velha (SP).

Para Osmar Batista de Lima, de 56 anos, que está há 30 (anos) na estrada, o teste é uma forma de cuidar da saúde. “É muito bom, pois já sabemos se estamos com algo para nos tratarmos, pois podemos estar contaminados e nem saber disto, já que andamos por todo Brasil”, disse ele, que estava seguindo para Paulínia (SP).

O caminhoneiro José Nascimento Vieira, de 64 anos, que já dedicou 43 anos da sua vida à profissão, disse que esta ação deve ocorrer em todo Brasil. “Acho válido por causa da nossa saúde, pois ficamos preocupados em sermos infectados, por isso deveria ter este teste em todo País”, sugeriu. Os três caminhoneiros ouvidos pela reportagem tiveram seus testes negativos para coronavírus.

Testagem ocorre no posto da PRF, na saída de Dourados (Foto: Henrique Kawaminami)
Testagem ocorre no posto da PRF, na saída de Dourados (Foto: Henrique Kawaminami)


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