ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
NOVEMBRO, SEXTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Tim receberá R$ 2,2 milhões por serviços móveis e "aluguel" de iPhones ao MP

Operadora venceu última licitação lançada após desistência de uma anterior, que foi questionada

Por Cassia Modena | 28/11/2025 07:39
Tim receberá R$ 2,2 milhões por serviços móveis e "aluguel" de iPhones ao MP
Fachada da sede do Ministério Público Estadual em Campo Grande (Foto: Divulgação)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) homologou, nesta quinta-feira (27), o resultado da licitação para "aluguel" de iPhones e prestação de serviços de internet e telefonia móvel. A vencedora foi a operadora Tim.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) homologou a contratação da operadora Tim para fornecer 750 iPhones 16 e serviços de internet e telefonia móvel por R$ 2,2 milhões anuais. Os aparelhos serão emprestados em regime de comodato, com especificações de segurança avançada e armazenamento de 256 GB. O pacote inclui voz ilimitada, internet banda larga e franquia mínima de 80GB.A licitação anterior, cancelada por irregularidades, previa um contrato de R$ 15,9 milhões por cinco anos. O MPMS justificou a escolha pelos iPhones devido à proteção contra malwares e fraudes. O processo, no entanto, não está disponível no Portal da Transparência por conter dados pessoais. O órgão afirma que a nova licitação reforça transparência e legalidade.

O valor total anual do contrato será de R$ 2.244.588. Segundo o termo de referência, serão fornecidos 750 aparelhos do modelo iPhone 16 ou superior, com armazenamento interno "seguro e amplo para dados institucionais" de 256 GB, no mínimo. Eles serão emprestados pela empresa no regime de comodato.

Quanto aos dados de internet e telefonia, a proposta é de pacote de voz ilimitado, acesso à internet banda larga com alcance nacional, tráfego ilimitado, franquia mínima de 80GB e redes sociais ilimitadas, sem interrupção de serviços e tarifação extra após exceder a franquia. A contratação inclui pacotes de serviço de dados adicional sob demanda.

O MPMS justificou anteriormente que a escolha pelos aparelhos da Apple é pelo nível avançado de segurança e controle com proteção contra malwares (software malicioso) e fraudes, além de menor probabilidade de invasão.

No site da fabricante, o valor de um iPhone com especificações próximas do termo de referência é de R$ 5.599, conforme consulta feita hoje pela reportagem.

Quando se tenta obter mais detalhes acessando o processo que deu origem ao edital da licitação, o Portal da Transparência do MPMS exibe a mensagem de que o acesso está protegido por haver dados pessoais nos autos.

Tim receberá R$ 2,2 milhões por serviços móveis e "aluguel" de iPhones ao MP
Mensagem exibida a quem tenta acessar o processo (Imagem: Reprodução/Portal da Transparência do MPMS)

O contrato ainda não está disponível. O Campo Grande News pediu mais informações à assessoria de imprensa do órgão e aguarda retorno.

Desistência de licitação anterior - O MPMS chegou a lançar um edital anterior com esse mesmo objetivo, que gerou polêmica. Foi até alvo de questionamento no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), apresentado pelo advogado Ricardo Feltrin, que considerou desproporcional a quantidade de equipamentos envolvidos, que seria cerca de três vezes a quantidade de membros (promotores e procuradores). O edital mais recente, no entanto, estabeleceu a mesma quantidade de aparelhos que o outro.

Pelo primeiro edital, o valor de contratação estimado era de R$ 15,9 milhões, incluindo 750 pacotes de voz com aparelhos de celular iPhone 16 e contrato com duração de cinco anos. O certame acabou sendo desfeito, sendo apontado como fundamento o inciso III do artigo 71 da Lei nº 14.133/2021, que prevê à autoridade superior “proceder à anulação da licitação, de ofício ou mediante provocação de terceiros, sempre que presente ilegalidade insanável”.

A explicação foi que havia necessidade de ajustes ao estudo preliminar da licitação e no edital. "A medida reforça o comprometimento do MPMS com a transparência, a legalidade e a livre concorrência entre as empresas interessadas, assegurando que todos os procedimentos de contratação pública sejam conduzidos com rigor técnico, isonomia e governança", informou o Ministério Público à época.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.