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Cidades

Vacinas gratuitas no SUS podem salvar o coração e evitar AVCs

Constatação faz parte de uma diretriz divulgada pela Sociedade Europeia de Cardiologia

Por Gabriel Neris | 22/07/2025 09:26
Vacinas gratuitas no SUS podem salvar o coração e evitar AVCs
Vacina contra gripe sendo aplicada em moradora de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Vacinas disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde), como as contra gripe e covid-19, ajudam não apenas a prevenir infecções respiratórias, mas também a reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. A constatação faz parte de uma diretriz divulgada pela Sociedade Europeia de Cardiologia, que destaca o papel das imunizações na prevenção de eventos cardíacos graves, especialmente em grupos de risco.

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Vacinas disponíveis no SUS, como as contra gripe e covid-19, não apenas previnem infecções respiratórias, mas também reduzem significativamente o risco de doenças cardiovasculares. Segundo diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia, a vacina da gripe diminui o risco de infecção em até 60% e reduz em 30% eventos cardiovasculares graves. A vacinação é considerada o quarto pilar da prevenção cardiovascular, junto ao controle da hipertensão, colesterol e diabetes. Apesar dos benefícios comprovados, a adesão às campanhas de vacinação no Brasil permanece baixa, com coberturas insuficientes mesmo para imunizantes gratuitos.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a vacina da gripe, por exemplo, diminui o risco de infecção em até 60% e está associada a uma redução de 30% em eventos cardiovasculares graves. No caso da Covid-19, pacientes com doenças cardíacas infectados pelo coronavírus enfrentam mais infartos, arritmias e insuficiência cardíaca — e a vacinação pode diminuir esse risco em até 43%. A vacina contra o pneumococo, também ofertada pelo SUS, reduz em 10% o risco de problemas cardiovasculares.

Um estudo citado pela reportagem, o IAMI (Influenza Vaccination After Myocardial Infarction), mostrou que aplicar a vacina da gripe em pacientes recém-infartados pode reduzir em até 41% a mortalidade cardiovascular. Outras vacinas, como a contra o herpes zoster, mostraram eficácia superior a 90% na prevenção da doença e uma redução de mais de 50% em eventos cardíacos subsequentes. Já a vacina contra o HPV, tradicionalmente associada à prevenção de cânceres, também foi relacionada a uma queda expressiva no risco de infarto e AVC, ao normalizar o risco em pessoas infectadas.

A nova diretriz europeia sugere que a vacinação seja considerada o "quarto pilar" da prevenção cardiovascular, ao lado do controle da hipertensão, do colesterol e do diabetes. O cardiologista Fábio Argenta, ouvido pela Folha, defende que as vacinas sejam encaradas como parte da prevenção secundária em pessoas com doenças crônicas, já que evitam hospitalizações, arritmias e mortes.

Apesar dos benefícios amplamente documentados, a adesão às campanhas de vacinação continua baixa no Brasil. A reportagem alerta que mesmo vacinas gratuitas, como as da gripe e do pneumococo, têm cobertura insuficiente. Após a pandemia de Covid-19, as taxas de imunização caíram ainda mais, o que reacende o alerta para surtos de doenças antes controladas.

Especialistas citados pela Folha recomendam que médicos aproveitem todas as oportunidades de consulta com pacientes de risco para reforçar a importância da vacinação. A prevenção por meio das vacinas, defendem, não é só uma medida de saúde pública, mas uma estratégia eficaz para evitar que doenças crônicas levem a complicações fatais.

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