ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, DOMINGO  05    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

Investigado em operação sobre tráfico é condenado a 12 anos de prisão

Ovídio Junior foi apontado como principal comprador, em São Paulo, de drogas traficadas a partir de oficina em Ponta Porã; batedor pega dois anos de reclusão

Humberto Marques | 23/01/2019 19:05
Decisão partiu da Justiça Federal em Ponta Porã; suspeito também foi investigado por ação em São Paulo. (Foto: MS Hoje/Reprodução)
Decisão partiu da Justiça Federal em Ponta Porã; suspeito também foi investigado por ação em São Paulo. (Foto: MS Hoje/Reprodução)

A 1ª Vara de Justiça Federal de Ponta Porã –a 323 km de Campo Grande– condenou duas pessoas por envolvimento com uma quadrilha especializada em tráfico de drogas, por meio do uso de veículos preparados para o transporte da droga da fronteira para centros consumidores do país. O caso foi investigado no âmbito da Operação Mãos Sujas, da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal).

Ovídio Pereira da Silva Junior foi sentenciado a pena de 12 anos e cinco meses de reclusão por tráfico internacional de drogas, enquanto Valcides Castro Nascimento recebeu pena de dois anos e quatro meses de detenção por exercer clandestinamente atividades de telecomunicações.

Conforme a denúncia, o esquema funcionava a partir de uma mecânica em Ponta Porã, que negociava com fornecedores no Paraguai a remessa de drogas para os Estados de Santa Catarina, Minas Gerais e, principalmente, São Paulo. Veículos seriam preparados para o transporte das cargas ilícitas.

Ovídio seria, para o MPF, o principal comprador das drogas traficadas no esquema. Tal suspeita ganhou como reforço apurações da Operação Cristal, promovida pela PF em São Paulo e que também identificou negócios do suspeito no Estado.

Já Valcides foi preso durante ação de fiscalização entre Bataguassu e Presidente Epitácio (SP) em 30 de abril de 2015, na qual foram apreendidos 551 kg de maconha que ele auxiliaria a transportar como "batedor" –conduzindo veículo no qual seria verificada a existência de barreiras policiais. A droga estava em um VW Saveiro que, em meio a perseguição, caiu em um barranco (o condutor foi preso em flagrante). Os veículos tinham sistema de radiocomunicação, supostamente usado na prática criminosa.

Interceptações telefônicas ao longo das investigações indicaram que as drogas seriam para Ovídio, que ficaria responsável por negociar o entorpecentes e municípios do interior paulista na favela de Heliópolis, capital paulistana –fatos negados pelo mesmo em depoimento.

Da mesma forma, Valcides negou ter atuado como batedor ou utilizado o rádio. Os denunciados também negaram se conhecer. Mesmo assim, as autoridades apresentaram provas para sustentar as acusações.

Mãos Sujas – Desencadeada pelo MPF em 2016, a “Mãos Sujas” investigou oito pessoas pelo envolvimento com o tráfico de drogas na fronteira paraguaia. Ao todo, a ação identificou o transporte de 40 kg de cocaína e três toneladas de maconha, que foram apreendidos.

Durante a operação foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e três conduções coercitivas. Foram apreendidos objetos, documentos e nove veículos. Duas contas bancárias chegaram a ser bloqueadas.

Nos siga no Google Notícias