ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

"Estamos de queixo caído", diz advogado sobre fim de reintegração

Viviane Oliveira | 05/06/2013 17:19
Índios na fazenda Buriti, em Sidrolândia. (Foto: Cléber Gellio)
Índios na fazenda Buriti, em Sidrolândia. (Foto: Cléber Gellio)

“A decisão demonstra um descompromisso com a solução do conflito”. A frase é de Newley Amarilla, advogado do fazendeiro Ricardo Bacha, se referindo à decisão da Justiça Federal que suspendeu a reintegração de posse na fazenda Buriti, em Sidrolândia.

A suspensão foi decidida pelo juiz da 1ª Vara Federal, Jânio Roberto dos Santos, depois de nova solicitação para impedir a retirada de família da etnia terena que tinham prazo até hoje para sair da área.

“Estamos de queixo caído. É estarrecedor receber do judiciário um tratamento de tal qualidade’, diz Newley, acrescentando que a decisão judicial que alega evitar conflito, ao contrário disso, conflita com uma decisão anterior, que dizia que era para ser feita a reintegração de posse.

A assessoria do Ministério da Justiça disse que houve acordo para suspender a reintegração por conta do clima tenso entre fazendeiros e índios. Conforme o órgão, o acerto foi mediado pela AGU (Advocacia Geral da União).

O advogado explica que a AGU apenas pediu a suspensão da multa e pediu a alteração no prazo da reintegração, mas a Justiça foi além. “Estamos decepcionados”, afirma.

Segundo Newley, o juiz extrapolou quando deu a decisão favorável aos índios, na opinião dele "infeliz". "Está terra já foi comprovada que não é área indígena”, finaliza. O advogado falou em nome do fazendeiro Ricardo Bacha que não quer comentar o assunto.

Os índios comemoraram a suspensão da decisão judicial e reforçaram que estavam dispostos a continuar na fazenda apesar do prazo para desocupação ter vencido na manhã de hoje.

Nos siga no Google Notícias