Ações no Paraguai sugerem guerra declarada ao PCC
Ações desencadeadas nesta semana pelas autoridades de segurança paraguaias indicam que o país vizinho declarou guerra ao PCC (Primeiro Comando da Capital), a facção criminosa que atua nos presídios brasileiros, com forte presença em Mato Grosso do Sul e que, segundo há muito se suspeita, usa o solo paraguaio para se abrigar, se esconder, e também cometer mais crimes, como tráfico de drogas e de armas para abastecer o grupo no Brasil.
Na quarta-feira, haviam sido presos três brasileiros, apontados como integrantes da facção, um deles como fornecedor de armas. Hoje cedo, foram mais 6 prisões, de três brasileiros que seriam ligados ao PCC e dois paraguaios, além da aprensão de um carregamento de maconha prensada que totalizou 580 quilos. Com isso, são sete brasileiros presos pelos paraguaios, apontados como integrantes da facção em apenas dois dias.
As apurações já feitas indicam que o PCC se instalou na região há cerca de cinco anos. No Brasil, o grupo criminoso está infiltrado nas penitenciárias há mais de 10 anos. Foi admitido oficialmente pelas autoridades a partir de 1997, quando rebeliões simultâneas foram comandadas por homens do PCC nas cadeias. De lá para cá, transferências na tentativa de minar a facção acabaram por fortalecê-la. Mato Grosso do Sul foi um dos estados que recebeu líderes do PCC, assim como o Paraná, ambos estados fronteiriçoes com o Paraguai.
