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Capital

Homem ganhava R$ 20 mil por semana com uísque adulterado em fábrica clandestina

O esquema envolvia a mistura de extrato de malte barato com saborizantes, engarrafados em recipientes de marca

Por Bruna Marques | 16/05/2025 08:37
Homem ganhava R$ 20 mil por semana com uísque adulterado em fábrica clandestina
Manoel Valencio Neto foi preso na tarde desta quinta-feira, em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Com uma produção intensa e lucrativa, Manoel Valencio Neto, de 31 anos, preso nesta quinta-feira (15) por fabricar e vender uísque falsificado em Campo Grande, movimentava cerca de R$ 20 mil por semana com a venda de bebidas adulteradas. Segundo as investigações, ele, chegou a comercializar até 200 garrafas por dia nos fins de semana.

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Manoel Valencio Neto, 31, foi preso em Campo Grande por fabricar e vender uísque falsificado. Ele lucrava cerca de R$ 20 mil por semana, chegando a comercializar 200 garrafas adulteradas por dia. A operação da Decon apreendeu bebidas, selos falsos, tampas, dosadores e equipamentos na casa da ex-namorada de Manoel, usada como fábrica clandestina. O esquema envolvia a mistura de extrato de malte barato com saborizantes, engarrafados em recipientes de marcas famosas. Além da bebida falsificada, a polícia apreendeu um veículo BMW, uma moto Kawasaki, joias e relógios. Manoel, que já havia mudado o local de produção para despistar a polícia, optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. Ele responderá por vender mercadoria imprópria para consumo e com embalagem irregular.

A operação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) identificou que Manoel utilizava a casa da ex-namorada, mãe de sua filha, como centro de produção.

No momento da abordagem, ele saía da casa onde mora, na Vila Eliane, em uma BMW transportando seis caixas de bebidas. O veículo foi apreendido, assim como uma moto Kawasaki, pulseiras de ouro e relógios de marca.

Durante a ação, foram apreendidas 87 garrafas já envasadas com a mistura falsificada, 551 selos públicos falsos, 160 tampas de marcas famosas, 116 dosadores, além de equipamentos como selador térmico e soprador usados para adulteração de rótulos.

Homem ganhava R$ 20 mil por semana com uísque adulterado em fábrica clandestina
Garrafas apreendidas na fábrica clandestina (Foto: Juliano Almeida)

A bebida era feita com extrato de malte de baixo custo, vendido a R$ 30, e distribuída em garrafas de marcas renomadas como Red Label e Jack Daniel’s, com adição de saborizantes.

A Decon já havia localizado bebidas adulteradas em três regiões da capital: Moreninhas (3 garrafas), Jardim Centenário (50) e no Carandá Bosque (4). Manoel chegou a mudar o endereço da produção e trocar de veículos para dificultar o rastreamento da polícia.

Durante fiscalizações em comércios da cidade, os policiais constataram que os selos fixados nas garrafas não eram impressos em papel moeda, tampouco seguiam os padrões da Casa da Moeda.

Além disso, algumas garrafas apresentavam selos que imitavam os da Receita Federal, traziam etiquetas de importação do Paraguai e não possuíam informações em língua portuguesa, o que contraria a legislação vigente.

Apesar da gravidade do crime, que representa risco à saúde pública pela falta de higiene e controle sanitário, o suspeito optou por permanecer em silêncio.

"Ele não se pronunciou. Conversamos por telefone, mas ele não me passou nenhuma informação. Nos falamos apenas sobre a decisão dele de ficar em silêncio, já que ainda não tínhamos conhecimento dos autos. A audiência de custódia deve ocorrer no sábado ou no domingo", declarou o advogado de defesa, Raimundo Rodrigues Nunes Filho.

Homem ganhava R$ 20 mil por semana com uísque adulterado em fábrica clandestina
BMW e Kawasaki apreendidos na casa do criminoso (Foto: Juliano Almeida)

Prisão - Manoel era investigado há aproximadamente 6 meses após diversas denúncias e na tarde de ontem as equipes da especializada faziam campana em frente ao local quando viram ele saindo em um veículo BMW.

O homem foi preso em flagrante e levado para a sede da Decon no final da tarde. O caso foi registrado como vender ou ter em depósito mercadoria imprópria para consumo e com embalagem irregular.

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