Adiado julgamento de mais 2 envolvidos na morte de Morel
Previsto para esta quinta-feira, o júri popular de mais dois envolvidos no assassinato de João Morel, ocorrido em 2001, foi adiado devido ao número insuficiente de jurados.
O julgamento de Marcos Rogério de Lima e de Mauro Sérgio de Oliveira, ambos presos no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, foi remarcado conforme queriam defesa e acusação.
O MPE (Ministério Público Estadual) e a Defensoria Pública Estadual já haviam solicitado o adiamento do julgamento anteriormente. No entanto, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, negou a solicitação.
Nesta quinta-feira, o MPE questionou sobre as recusas de jurados. O promotor de Justiça Paulo Passos, explica que cada um dos dois defensores públicos poderia recusar três jurados e a acusação mais três. Já seriam nove jurados que não iriam participar.
Outros sete jurados, entre os 21 presentes, não poderiam participar, conforme a lei, porque já atuaram no julgamento de Luís Fernando da Costa, o Beira-Mar, condenado por ser mandante da morte de Morel.
Somando os sete que atuaram no júri de Beira-Mar mais os nove que as partes poderiam recusar, são 16. Sobrariam apenas cinco jurados. E como o Conselho de Sentença só pode ser formado por sete pessoas, o juiz Carlos Alberto Garcete adiou o julgamento por "estouro de urna". Agora, os dois réus serão julgados separadamente, como estava marcado inicialmente.
O júri de Marcos Rogério foi redesignado para 26 de janeiro de 2010 e o de Mauro Sérgio para 9 de fevereiro. Ambos com início às 8 horas.
Testemunhas -Ao contrário do júri de Beira-Mar, o julgamento desta quinta-feira teria o depoimento de pelo menos duas testemunhas. Uma delas, José Ivanézio, é apontada como a principal.
Por receio, José Ivanézio não participou do júri de Beira-Mar. Os depoimentos dele foram apresentados pela acusação.
Acusação - Marcos Rogério, o "Rogerinho", é acusado de ficar na porta da cela onde Morel foi morto, impedindo que outros detentos entrassem ou saíssem do local. Já Mauro Sérgio, o "Maurinho" é apontado como um dos autores dos golpes de "chucho" que mataram Morel.
O defensor público Humberto Bernadino Sena, explica que a defesa irá tentar mostrar aos jurados que não há provas de que ambos acusados estão envolvidos no crime, ocorrido em 2001. Os réus negam envolvimento.
De acordo com o promotor Paulo Passos, o julgamento de Marcos Rogério e de Mauro Sérgio encerraria o caso.
O MPE acusa como envolvidos no crime, além de Marcos Rogério e de Mauro Sérgio, Odair Moreira da Silva, o Marreta, que foi julgado em abril de 2004 e condenado a 16 anos de reclusão; Luís Calos da Silva, que está foragido; José Ivanilson, que foi morto em uma penitenciária do interior de São Paulo em janeiro de 2005 e Welverlon Santy Lopes Ferreira, morto em março de 2007, no interior de São Paulo.
Segundo a acusação, Morel foi morto a mando de Beira-Mar, que em julgamento no dia 10 deste mês, foi condenado a 15 anos de prisão pelo crime. O motivo do crime, seria a briga pela liderança do tráfico de drogas na região de Coronel Sapucaia, fronteira com o Paraguai. O assassinato aconteceu no Estabelecimento de Segurança Máxima da Capital.