Ameaça de índios pára entrega de 13 mil cestas básicas
O fechamento do prédio da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Dourados, como forma de prevenção à ameça de indígenas de promover atos, inclusive com uso de violência, está comprometendo o atendimento do órgão as comunidades indígenas do Cone Sul, segundo divulgou o órgão hoje. O principal prejuízo é a entrega de 13 mil cestas básicas.
Também estão paralisados, conforme a Funai, o atendimento burocrático, como o envio de documentos para aposentadoria, emissão de certidao de nascimento e a internação em hospitais dos indígenas que não possuem documento.
Os pagamentos aos fornecedores foram suspensos. Conforme a Funai, a ameaça dos indígenas também paralisou atividades da prefeitura nas aldeias, diante da promessa de apreensão de maquinários e seqüestro de funcionários por um grupo que seria liderado por um índio chamado Renato de Souza
O mesmo grupo é acusado de amaeaçar administradora regional da Funai de Dourados, Margarida Nicoletti, de seqüestro, e pede a saída dela do cargo. A administradora pediu proteção à Polícia federal e comunicou a presidência da Funai. No relatório enviado à PF, cita as invasões já feitas no local e o fato de o indígena apontado como líder do grupo ter até atirado pedras contra funcionários.
Segundo a Funai, lideranças indígenas Guarani e Caiuá de 38 aldeias e 18 acampamentos comunicaram a Funai em Brasília que não concordam com as atitudes de Renato de Souza, entre elas o bloqueio da rodovia entre Itapora a Dourados e a cobrança de pedágio ocorrida eta semana. Esse grupo, conforme a Fundação, pede a permanência de Margarida.