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Cidades

Após quase uma década, prefeitura inicia obra para acabar com erosão

Zana Zaidan | 07/11/2013 15:18
Primeiro trecho a ser reconstruído foi concluído ontem; hoje, máquinas trabalham pouco depois da ponte (Foto: Marcos Ermínio)
Primeiro trecho a ser reconstruído foi concluído ontem; hoje, máquinas trabalham pouco depois da ponte (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de quase dez anos, a prefeitura de Campo Grande tirou do papel e iniciou uma obra emergencial para acabar com a erosão no Rio Anhnadui, na Avenida Ernesto Geisel, no Bairro Guanandi. Parte do trabalho, realizado de forma emergencial nos pontos mais críticos, foi concluído ontem (6), depois de três dias.

O primeiro trecho cuja margem foi reconstruída fica pouco à frente do Shopping Norte Sul, no sentido centro-bairro da via. Hoje, o trabalho já está sendo feito perto da ponte na Avenida Manoel da Costa Lima, por isso, das três faixas da avenida, apenas uma está liberada.

Uma equipe de 18 homens reconstrói a margem do rio, com a instalação de gaiolas de arame forradas de pedra para segurar eventual desabamento. Apesar das placas de sinalização, os motoristas passam em alta velocidade. Segundo os trabalhadores, a toda hora um acidente “quase” acontece, e os carros só respeitam a regra de trânsito de diminuir a velocidade quando a Agetran vai até o local, duas vezes por dia, nos horários de pico – 12h e 17h.

O mestre de obras não soube precisar em quanto tempo este trecho será concluído, já que o trabalho pode ser interrompido por causa da chuva. As próximas etapas serão nas proximidades do ginásio Guanandizão e a laticínio.

Francisco mora bem em frente ao trecho que já foi concluído, e acredita que obra foi bem feita (Foto: Marcos Ermínio)
Francisco mora bem em frente ao trecho que já foi concluído, e acredita que obra foi bem feita (Foto: Marcos Ermínio)
Clara cobra que prefeitura faça uma obra bem planejada, para que dinheiro não seja desperdiçado (Foto: Marcos Ermínio)
Clara cobra que prefeitura faça uma obra bem planejada, para que dinheiro não seja desperdiçado (Foto: Marcos Ermínio)

Com uma casa bem em frente ao trecho que já foi reconstruído, Francisco Rodrigues, 38 anos, acredita que o trabalho foi feito de forma rápida e, aparentemente, foi bem feito. “Estava muito perigoso para o motorista, esse asfalto podia desabar a qualquer momento. A obra em si não demorou, demoraram é para começar a fazer”, opina Rodrigues, que mora há 12 anos no local. “Para ficar “excelente” falta apenas concluir o assoreamento do rio”, acrescenta.

Mais à frente, no Atacado Maxxi, a comerciante Clara Dias de Oliveira, 51, tem uma visão pouco menos otimista sobre a obra, mas torce para que o resultado seja positivo. “Acho que, mais uma vez, estamos vendo nosso dinheiro ir para o esgoto. Na primeira chuva que der, vai tudo abaixo”, acredita. Para ela, é preciso haver planejamento para o serviço dar certo. “Que o serviço seja bem feito, sem deixar pontas soltas. Estas máquinas não podem estar aqui em vão, para depois ter que fazer tudo de novo”, acrescenta.

Obras definitivas - Prevista para começar este ano, a obra de recuperação e revitalização da avenida, no valor de R$ 47,4 milhões, ficou para abril de 2014. Isso porque, as três empresas, que participaram da licitação desistiram do contrato com a prefeitura.

Inicialmente, a previsão era gastar R$ 40,8 milhões, mas, segundo Semy, foi necessário alterar a concepção do projeto. “Trocamos a parede de concreto pelo gabião, que além de mais barato, possibilita o apoio no próprio solo”, explicou. Indagado, então, sobre o encarecimento de 16% da obra, o secretário disse que os preços anteriores eram referentes a 2011.

A expectativa, ainda de acordo com ele, é obter da Caixa Econômica Federal a aprovação do projeto executivo até 15 de novembro. “Aí abriremos a licitação para iniciar as obras até abril do próximo ano”, calculou.

O trecho em obras foi sinalizado, mas, sem Agetran, trabalhadores se viram como podem para conter carros em alta velocidade (Foto: Marcos Ermínio)
O trecho em obras foi sinalizado, mas, sem Agetran, trabalhadores se viram como podem para conter carros em alta velocidade (Foto: Marcos Ermínio)
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