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Cidades

Assassinato de arquiteta ainda tem 3 horas de mistério

Redação | 09/07/2010 18:36

A Polícia ainda tenta elucidar o que ocorreu entre 0h55 e 4h06 da madrugada do dia em que a arquiteta Eliane Nogueira foi assassinada. Hoje a Justiça concedeu quebra de sigilos bancário e telefônico da vítima e do empresário Luiz Afonso Andrade, suspeito do crime.

Com base em 19 depoimentos, o delegado Wellington Oliveira diz que já traçou boa parte da provável cronologia do crime e tem elementos para indiciar o empresário por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e emprego do fogo.

Na versão defendida pela Polícia, o casal saiu às 21h30 da casa de Eliane, na avenida Mato Grosso, com destino ao buffet Ondara, na Chácara Cachoeira.

Eliane o esposo participaram de uma festa e saíram do local por volta de 0h30, em um carro, seguido por um amigo para jantar no restaurante Casa Colonial, na Afonso Pena.

Como o local estava fechado, o casal decidiu se despedir do amigo e seguir sozinho para local que ainda é um ponto a ser desvendado pela investigação.

Ás 0h55 ocorreu o ultimo contato entre Eliane e amigos. Ela recebeu a ligação de uma pessoa, que teve o nome preservado pela Polícia, com novo convite para jantar. Mas segundo a testemunha, com voz "desanimada" a arquiteta negou o programa, dizendo que deixaria para outra oportunidade.

Depois disso, por 3 horas não há evidências que apontem para que região da cidade seguiram Luis Afonso e Eliane.

Entre 0h55 e 4h06, o delegado acredita que houve discussão, a vítima arranhou o rosto, o marido estrangulou a esposa e trocou de roupa. Um detalhe é que entre 1h06 e 1h18, Luiz Afonso telefonou 18 vezes para Eliane.

Só sobre às 4h06 surgem novas provas. O circuito interno da conveniência Sadan Festas registrou o momento em que ele entrou, comprou fósforos e cigarros e saiu em direção ao veículo Pólo, de Eliane, estacionado do outro lado da rua.

Existe a suspeita de que nesse momento, Eliane já estivesse desacordada no banco traseiro do veículo.

Na cronologia montada até agora, Luiz Afonso seguiu pela avenida Três Barras até o local onde foi encontrado o corpo de Eliane.

Depois, às 4h28, novamente as câmeras flagram o empresário voltando a pé. Ele passou em frente a conveniência e seguiu até a empresa, caminhando.

Ás 5h55 ele chegou a loja de iluminação que mantém na rua José Antônio, quase esquina com a Afonso Pena. O horário pode ser comprovado por imagens de outro circuito interno, de empresa na mesma rua.

Por volta das 7h00 o marido da arquiteta foi preso.

Ontem saiu o primeiro laudo da perícia, o necropapiloscópico que confirmou que era dela o corpo. Apesar do corpo carbonizado, os peritos conseguiram registrar digital da mão direita.

A Polícia espera quebra de sigilo telefônico e bancário para ver tem algum seguro de vida de Eliane, em benefício de Luiz Afonso.

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