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Cidades

Atestados médicos serviam para compra de votos em MS

Redação | 29/10/2008 14:39

Esquema descoberto pela Polícia Federal, envolvendo eleitores de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, revelou que até atestados médicos viram objetos de barganha para garantir votos nas eleições. Durantes as investigações, a PF encontrou documentos que comprovam crime eleitoral com participação de pessoas em Três Lagoas e do interior paulista.

Para que famílias não transferissem títulos, após mudança de Ilha Solteira (SP) para Mato Grosso do Sul, políticos de São Paulo garantiam atestados médicos falsos, para que as pessoas pudessem deixar o trabalho em Três Lagoas e ficar algum tempo em Ilha Solteira.

Hoje a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão aqui no Estado, na ocasião, foram apreendidos documentos que, segundo a Polícia, comprovariam o esquema de compra de votos.

De acordo com a PF, o esquema funcionava da seguinte maneira: candidatos e políticos persuadiam famílias, que se mudaram do município de Ilha Solteira (SP), a não transferirem suas comarcas eleitorais. Assim as pessoas tinham de ir ao município paulista, onde tudo foi arquitetado, para votar em determinados candidatos.

Em troca o eleitores recebiam outros favores como, por exemplo: ter as despesas de viagem pagas para passarem semanas no município de origem. Para conseguir a despensa do trabalho é que os organizadores do esquema arranjavam atestados médicos falsos. A PF descobriu o uso dos atestado muito antes das últimas eleições.

Nesta quarta-feira, três pessoas foram presas, inclusive um assessor da Câmara Municipal de Ilha Solteira. Conforme a PF, foi caracterizado o crime de compra de votos, emissão de atestado médico falso e formação de quadrilha.

As investigações começaram depois que o Ministério Público de São Paulo solicitou uma investigação a partir de denúncias. Nenhuma pessoa de Mato Grosso do Sul foi presa.

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