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Cidades

Bandidos aproveitam descuido com CPF para roubar dados e dar golpes

Luana Rodrigues | 03/03/2017 14:13
Bandidos se aproveitam de dados de terceiros para aplicar golpes. (Foto: Marcos Ermínio)
Bandidos se aproveitam de dados de terceiros para aplicar golpes. (Foto: Marcos Ermínio)

Seja na farmácia na esquina de casa, no cadastro do supermercado ou até mesmo para fazer crediário em loja de departamentos. Por todos lados, lá está alguém exigindo o número do seu CPF (Cadastro de Pessoa Física). Fornecer este dado a desconhecidos está cada dia mais comum e, difícil de evitar, o problema é que bandidos têm se aproveitado desta facilidade de acesso ao documento para aplicar golpes. Para não cair nesta armadilha, a dica da polícia aos consumidores é estar sempre atento.

“Os bandidos se aproveitam do descuido. De quando a gente confirma dados por telefone sem saber com quem está falando, ou quando a gente escreve o número em um cadastro qualquer no supermercado e até mesmo quando acessamos um site de compras não confiável e cadastramos lá os números dos nossos documentos, são inúmeras formas”, explica o delegado titular da Dedfaz (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações), Maércio Alves Barboza.

De acordo com o delegado, os golpes mais comuns estão vinculados a linhas de telefonia, assinaturas de canais de televisão e compras pela internet. O problema é que na maioria desses casos a pessoa não tem como saber que está sendo vítima. Só descobre o golpe depois de tomar um prejuízo grande.

Por conta disto, segundo o delegado, é importante que as pessoas estejam sempre monitorando as transações feitas a partir do CPF. "As armadilhas são muitas. O consumidor precisa ter atenção redobrada quando está lidando com documentos. É importante que as pessoas tomem cuidados do tipo não perder o documento, não deixar à vista de estranhos e, principalmente, que procurem monitorar o número CPF. Existem programas e aplicativos que ajudam nisto”, diz.

Além disso, segundo o delegado, informações em redes sociais têm ajudado golpistas a se passarem pelas vítimas. "A dica é evitar divulgar informações pessoais e manter esses perfis fechados, permitindo a visualização apenas por pessoas conhecidas", diz.

Outro cuidado que o consumidor deve ter é manter sempre o antivírus do computador atualizado, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados. O consumidor só deve fornecer o CPF em sites de confiança e com chaves de segurança.

CPF roubado - O Código de Defesa do Consumidor está do lado do consumidor em casos de golpes e fraudes comprovadas. Se alguém é vítima de roubo, o primeiro passo é fazer um boletim de ocorrência informando da perda e roubo do CPF.

"O caso será investigado e caso a pessoa tenha algum prejuízo, pode reclamar que foi vítima de um golpe a partir do boletim feito", explica.

Falsificações - Em 2015, uma quadrilha de São Paulo foi presa em Campo Grande, por conseguir números de documentos de terceiros e produzir documentos falsos. Kleber da Silva Rodrigues, 24 anos, Wagner Tadeu Caseiro, 35, e Ewerton Cavasso Rosa, 26, usavam os documentos para praticar golpes contra lojas de Campo Grande.

Os autores afirmaram que eram de Presidente Prudente (SP) e estavam em Campo Grande há 30 dias, cometendo vários golpes a, pelo menos, três empresas, sendo a Loja Renner, operadora Claro e banco Santander, planejando cometer outros crimes.

Na casa em que eles estavam, foram encontrados vários materiais usados para falsificação de documentos, como scanner, notebook, impressora, cartões de créditos, chips telefônicos e documentos, sendo CNHs, carteiras de trabalho e CPF (Cadastro de Pessoa Física).

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