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Cidades

Caminhoneiros reclamam de redução de jornada

Redação | 22/01/2008 09:50

Desde ontem está em vigor decisão judicial que ratifica a jornada de 44 horas para os caminhoneiros, já prevista pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). O cumprimento da jornada de 8 horas ao dia preocupa os caminhoneiros, que devem ter a renda diminuida. A média de horas trabalhadas pelos caminhoneiros até então, segundo o Sindcargas (Sindicato dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso do Sul), era de 12 horas ao dia. Como eles recebem conforme a produtividade, poderão ter um aperto de 20% a 30% na renda.

A decisão judicial, da Justiça do Mato Grosso, considerou pedido de liminar do Ministério Público do Trabalho. O que pesou para que a jornada dos caminhoneiros fosse limitada foi o número de acidentes por conta do excesso de jornada. O controle da jornada será feito pelas empresas e arquivado. Desrespeitar a determinação acarreta em multa de R$ 1 mil por motorista irregular e por mês que não for adotado o sistema de fiscalização.Não foi explicado como será a fiscalização no caso de autônomos.

O relações públicas do Sindcargas, Roberto Sinai, afirma que além das 8 horas a CLT também prevê a tolerância de duas horas extras. Segundo ele, muitas empresas já aboliram o trabalho noturno de transporte de cargas, devido aos roubos e isso já representou redução importante no número de acidentes.

Ele afirma que a determinação judicial deverá ser cumprida e acarretar na geração de mais empregos, porque as empresas precisarão de mais funcionários para cumprir a jornada de 44 horas e não poderão descumprir os prazos de entrega de produtos. "Hoje ninguém quase mantém estoque, atende pedidos", afirma. Outro ponto negativo destacado por Sinai é que o caminhoneiro não vai usufruir da jornada reduzida perto da família, já que estará na estrada.

Renda menor

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