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Capital

Defesa pede absolvição de acusado de matar mulher a golpes de tábua de carne

Viviane Oliveira | 30/03/2017 13:13
Luana foi morta a golpes de tábua de carne na cabeça (Foto: reprodução/Facebook)
Luana foi morta a golpes de tábua de carne na cabeça (Foto: reprodução/Facebook)

A defesa de Gélvio Nascimento Rosseto, 26 anos, acusado de espancar até a morte a mulher Luana de Campos Grecco, 22 anos, em agosto do ano passado, entrou com recurso na terça-feira (28), na 1ª Vara do Tribunal do Juri, pedindo a absolvição de seu cliente por falta de provas.

Segundo o advogado Luiz Marla Nunes Carneiro, em documento anexado ao processo desde a fase extraprocessual, Gélvio afirma que não cometeu o crime. “Ele esclareceu ainda com mais detalhes, na fase judicial, sobre o dia de sua prisão, e que na realidade, é também uma vítima, pois a sua companheira, de mais de 10 anos de relação, foi morta”, diz. Segundo inquérito policial, Gélvio era dependente químico e Luana não aceitava, motivo pelo qual o casal vivia brigando.

Ainda segundo o advogado, as provas são inequívocas. “Requeremos a vossa excelência a absolvição sumária de Gelvio, evitando que um inocente seja submetido a júri sem qualquer prova de que tenha participado do crime. O verdadeiro assassino continua solto. Todas as provas periciais excluem a possibilidade de que Gélvio seja o autor do crime".

Ele também questionou a atuação do Ministério Publico. "Não existe nos autos qualquer prova que possa vincular o acusado com a morte de sua companheira. Os peritos encontraram impressão digital de Gélvio apenas nas bitucas de cigarro encontradas na residência".

A causa da morte da jovem foi por traumatismo crânio facial. Em depoimento, segundo Gélvio, nos dias que antecederam o assassinato tinha discutido com Luana e, momentaneamente, havia voltado para a casa dos pais.

Segundo a defesa, testemunhas ouvidas em juízo não acreditam que o rapaz seja o autor do crime, pois Luana tinha problemas com duas pessoas que também usavam drogas junto com o marido dela. Para o Ministério Publico não há dúvidas de que Gélvio cometeu o crime por meio cruel, qualificado pelo feminicídio.

Crueldade - O corpo de Luana foi encontrado em estado de decomposição no dia 31 de agosto na casa em que morava, na Rua São Thomas, na Vila Santa Luzia. Tábua de cortar carne, partida ao meio, suja de sangue e com cabelos da vítima, foi localizada em um dos cômodos. No mesmo dia em que o crime foi descoberto, Gélvio foi preso em flagrante na casa dos pais e ele continua detido no Complexo Penitenciário. 

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