“Não posso obrigar as pessoas a deixarem as ruas”, diz prefeito

Depois dos vereadores pedirem políticas públicas para retirar às pessoas das ruas e oferecer tratamento aos usuários de drogas, por uma questão de saúde e segurança pública, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) explicou que já existe estruturas no município para atender este público, mas que não pode obrigá-los a deixar esta condição.

“As pessoas possuem locais para tratamento e acolhimento oferecido pelo município para sair das ruas, mas existe lei que diz que eu não posso obrigá-las a sair desta condição”, disse o prefeito, durante lançamento de aplicativo para o transporte público coletivo.

Marquinhos ainda lembrou que já foi lançada uma campanha municipal, para que as pessoas não dessem esmolas nas ruas e sinaleiros, justamente para evitar que os moradores de rua continuassem nestes locais. “Nós não queríamos que dessem esmolas para não incentivar, mas entendemos que algo natural dar uma moeda no intuito de ajudar”, pontuou.

Pedidos – O assunto entrou ontem (10) na pauta de discussões da Câmara, quando o vereador Welligton de Oliveira (PSDB) citou que o assassinato que ocorreu perto da Esplanada Ferroviária, foi cometido por um dependente químico e morador de rua, que vivia nesta área central. Ele pediu que não houvesse “interferência” de órgãos de controle, nas políticas públicas deste setor.

Já o vereador Valdir Gomes (PP) sugeriu a criação de uma comissão para discutir o tema, inclusive com a participação da Defensoria Pública para avaliar a realidade atual de Campo Grande. Wilson Sami (MDB) lembrou que tem um projeto para se criar uma Secretaria Antidrogas na Capital.