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Capital

"Nunca passei por isso", diz grávida que teve assento negado em ônibus

Nyelder Rodrigues e Christiane Reis | 07/12/2016 19:33
Grávida de 37 semanas teve assento negado em ônibus e passou mal logo em seguida, precisando de atendimento médico (Foto: Alcides Neto)
Grávida de 37 semanas teve assento negado em ônibus e passou mal logo em seguida, precisando de atendimento médico (Foto: Alcides Neto)

"Nunca passei por isso na minha vida, essa situação constrangedora". A frase é da grávida que teve, ontem (6) à noite, o assento preferencial no ônibus negado por outra mulher e, logo depois, precisou de atendimento médico por passar mal. O líquido amniótico também começou a vazar, fazendo ela acreditar que estava em trabalho de parto.

Com 37 semanas de gestação, a jovem, que não quer se identificar, tem 26 anos e diz que não se lembra do rosto da pessoa que negou o assento a ela. "O ônibus estava lotado, vinha do Centro para o terminal Morenão. Era 20h mais ou menos. Isso tudo aconteceu em parte do percurso. Fiquei tão transtornada que não consigo me lembrar de muita coisa".

Ela comenta que sempre foi gentil com as outras pessoas, o que fez com que a situação a abalasse ainda mais. "Quando minha barriga estava menor e aparecia no ônibus uma gestante de mais semanas, eu cedia meu lugar à ela. Idosos, pessoas com crianças, sempre ofereci o lugar", revela, já em casa, onde mora com a mãe.

Ontem, em parte do trajeto no ônibus, a grávida pediu a vaga em assento preferencial a outra mulher. "Ela disse: 'é muito engraçado, né. Você grávida perambulando pela cidade e nós trabalhadores temos que dar o lugar'. Eu não discuti, mas fiquei muito nervosa e comecei a tremer", conta a jovem, que estava com a filha de sete anos e o sobrinho de cinco.

"Depois vi que o vestido estava todo molhado, achei que a bolsa tinha rompido. Todo mundo no ônibus começou a ficar desesperado. Um senhor se levantou e me deu o lugar. Aí, comecei a chorar de tanto nervoso que passei", completa.

Ao chegar no terminal Morenão, uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para realizar o atendimento da mulher. Ela inicialmente negou atendimento e saiu a pé do local, mas logo foi convencida com apoio da Guarda Municipal de ir para a maternidade Cândido Mariano.

"Cheguei lá, fiquei quase uma hora e já me liberaram", conta a grávida, sobre o alarme falso. A previsão é que o bebê, uma menina, nasça de parto normal até o dia 25 de dezembro. "Vamos todos viajar para Porto Murtinho neste fim de ano. Acredito que ela vai nascer lá", comenta a gestante.

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