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Capital

“Pensei que era brincadeira”, diz testemunha de crime em posto

Viviane Oliveira e Guilherme Henri | 04/07/2017 09:45
 “Pensei que era brincadeira”, diz testemunha de crime em posto
Posto de combustíveis, que fica na BR-262, está desativado (Foto: André Bittar)
 “Pensei que era brincadeira”, diz testemunha de crime em posto
Vítima morava em um quarto que fica dentro do posto de combustíveis (Foto: André Bittar)

“Pensei que era brincadeira. Depois fiquei rezando pela minha vida”. A frase é de um argentino de 46 anos, que presenciou a morte do colega João Adroaldo Marques Maciel, 54 anos, conhecido como “Peludo”. O fato aconteceu em um posto de combustíveis desativado, na noite de ontem (3), na BR-262, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

A testemunha contou que mora no Brasil há 27 anos. Viaja em uma bicicleta cargueira fazendo serviços de eletricista. Há dois dias com a bicicleta quebrada, hospedou-se na casa da vítima, onde funcionava uma borracharia. O cômodo fica dentro do posto de combustíveis.

Ontem, a testemunha e João faziam o jantar, quando dois homens encapuzados, armados com revólver e faca, invadiram a residência. “Primeiro entrou um. Pensei que era brincadeira. Mas, depois entrou o outro. Os dois encapuzados”, lamenta.

Os criminosos, então, mandaram a vítima amarrar o argentino com um fio e colocá-lo no fundo do quarto, atrás de um móvel. “Fiquei rezando pela minha vida, enquanto ouvia o colega pedindo pelo amor de Deus e implorando para não morrer”, relata ainda assustado com a situação.

Na sequência, a testemunha escutou João agonizando. Conseguiu se soltar e encontrou a vítima caída embaixo de uma poça de sangue. “Foi uma facada certeira. Corri e fui pedir ajuda na rodovia. Estava muito escuro”, conta. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu. 

O mecânico Raimundo Nonato, 57 anos, que trabalhou junto com a vítima, diz que o amigo era tranquilo e não tinha inimizade com ninguém. “Ele morava aqui há 8 anos. Era muito conhecido”, lamenta. O motivo do crime não foi informado. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, João Adroaldo não tinha passagem pela polícia.

 “Pensei que era brincadeira”, diz testemunha de crime em posto
Marcas de sangue onde vítima foi morta a facadas (Foto: André Bittar)
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