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Capital

Acusada de assassinar adolescente, Thamara tem júri adiado para setembro

Nyelder Rodrigues | 14/08/2017 20:35

A Justiça acatou o pedido do defensor público que representa Thamara Arguelho de Assis, de 22 anos, acusada de matar a adolescente Victoria Correia Mendonça, 18 anos, no dia 19 de julho do ano passado, e adiou para 15 de setembro a data do júri, que estava marcado para acontecer na próxima sexta-feira (18).

O pedido de adiamento foi feito nesta segunda-feira (14) pelo defensor Rodrigo Antonio Stochiero Silva, já que não poderia comparecer ao julgamento por causa de uma reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública. A solicitação foi acatada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Em manifestação anexada ao processo no dia 2 deste mês, Thamara afirma que "não tem interesse em comparecer ao julgamento na 2ª Vara no Tribuna de Justiça em Campo Grande, no dia 18 de agosto". Ela também declarou, junto ao pedido de adiamento, que não abria mão de ser defendida por Stochiero.

Thamara está presa em Corumbá, no Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano, desde 22 de junho do ano passado, por causa do crime. No local, ela deu a luz a uma menina, que está com oito meses atualmente e vive com a mãe na Unidade Materno Infantil do presídio - único do Estado com alojamento de presas e berçário no mesmo espaço.

Crime - Victoria foi morta com um tiro na cabeça e outros três pelo corpo, na madrugada de 19 de julho de 2016, na rua Luiz Bento, Vila Popular - região oeste de Campo Grande. Uma testemunha contou à polícia que a vítima discutia com uma mulher em frente de casa, quando foram feitos cinco disparos.

A autora era Thamara. Conforme as investigações, as últimas palavras trocadas entre as duas as duas começou com uma pergunta da vítima. "Para quê esta arma e aquele mototaxista na esquina?".

A resposta de Thamara foi "porque eu vou te matar, vagabunda". O diálogo foi relatado por Thamara à delegada Rosely Dolor, da 7ª DP (Delegacia de Polícia Civil), que classificou a autora como "fria e perigosa". O motivo do crime? Ciúme.

Segundo Thamara, no fim de semana anterior, Victória postou no Facebook uma foto ao lado de Weverton Silva Ayva, de 28 anos – o rapaz, por sua vez, seria ex-namorado de ambas. Ele, inclusive, foi assassinato em setembro de 2016, quando saia do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande.

Naquela noite de terça, Thamara contou à polícia que tomou quatro latinhas de cerveja, pegou um revólver – não soube especificar qual e que até agora não foi encontrada – chamou um mototaxista e foi até a casa da "rival", na Vila Popular.

Chegando lá, mandou o piloto ficar na esquina e foi tirar satisfações com Victória, quando aconteceu o diálogo derradeiro. Em seguida, a garota pegou o mototáxi e fugiu, passando os dias seguintes perambulando pelas casas de parentes, até ser encontrada pela polícia e presa pelo crime.

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