Acusado de matar no Tiradentes vai a júri e aguardará audiência em liberdade
Antônio Carlos Leal, 46 anos, irá a júri popular pela morte de Juliano Mendes de Moura, 29 anos, ocorrida em julho de 2014 no Tiradentes. A decisão foi tomada pelo juiz Carlos Alberto Garcete na quinta-feira (16). A audiência ainda não tem data marcada e o réu irá aguardá-la em liberdade.
Conforme os autos do processo, Juliano namorava a ex-companheira do acusado. A mulher era constantemente ameaçada pelo réu, que não aceitava o fim do relacionamento.
No dia do crime, a vítima foi atrás de Leal para tirar satisfações. Os dois brigaram e, durante a confusão, Juliano foi atingido na barriga por uma facada. Ele não resistiu ao ferimento.
O acusado foi preso. O caso foi investigado e o MPE (Ministério Público Estadual) denunciou Leal por homicídio qualificado por motivo torpe, entendendo que o crime foi praticado por vingança. A defesa alega que as provas são insuficientes para sustentar a versão apresentada pela acusação.
Garcete, após ouvir testemunhas e o próprio réu, entendeu haver evidências suficientes para confirmar a autoria e a materialidade do caso, mas rejeitou a qualificadora. O magistrado, entre outras coisas, sustenta que Leal foi procurado pela vítima, descaracterizando a vingança. Dessa forma, o réu será julgado por homicídio simples e por ter ameaçado a ex-mulher.