Advogado diz que piloto é perseguido por levar amigos simples a condomínio
"Ele é uma pessoa simples, do povo, fala o que pensa, mas é extremamente de bom coração”, segundo o advogado do piloto
O advogado do piloto de avião Jonas Mongenot Júnior, 41 anos, preso desde o dia 1º após destruir o apartamento do vizinho, e danificar um veículo de luxo e uma motocicleta Harley Davidson, disse que seu cliente é perseguido no condomínio onde vive com a família por causa do seu jeito simples e rude.
A confusão envolveu o advogado Munir Jorge, 56 anos, e começou após discussão no momento em que Jonas e o filho de 10 anos soltavam bombinhas em frente ao prédio. O episódio aconteceu na virada do ano, no condomínio Jardim do Jatobá, na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande, no Bairro Santa Fé.
“O Jonas é uma pessoa simples, do povo, fala o que pensa, mas é extremamente de bom coração”, disse o advogado Jaques Fortes de Andrade, que defende o piloto, em coletiva de imprensa realizada nesta manhã.
Jaques comentou ainda que o seu cliente não era bem-vindo no condomínio porque costumava levar os amigos de bairros, pessoas simples também, para utilizar a piscina do condomínio. Situação que não agradava os outros moradores do prédio. Além disso, o piloto e o advogado não se davam bem. "Ele não estava soltando rojão. Eram bombinhas. Meu cliente está arrependido. Tomou uma atitude impensada e vai ter que arcar com os prejuízos", disse.
O piloto foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia ontem (2). O juiz Luiz Felipe Medeiro Vieira arbitrou fiança de R$ 100 mil para liberar Jonas da prisão. A defesa entrou com habeas corpus no Tribunal de Justiça para rever o valor e para que o piloto responda em liberdade. “Meu cliente está desempregado. Não tem esse dinheiro. Ele faz bico de táxi aéreo e a renda dele não passa nem perto desse valor”, lamentou.
Se caso o habeas corpus for negado, vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), porque no entendimento do advogado, as garantias constitucionais estão sendo feridas nesse caso. Jonas está preso no PTran (Presídio de Trânsito). Quanto ao fato de Munir afirmar que foi queimado por um laser acoplado no chaveiro do piloto durante a confusão, o advogado rebate dizendo que era um isqueiro que foi utilizado para acender as bombinhas.
