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Capital

Advogados pedem proteção policial para agiota vítima de atentado

O receio da família de Salém é de que os suspeitos pelo atentado possam querer "terminar o serviço" na Santa Casa, onde ele segue internado.

Adriano Fernandes | 20/02/2018 22:00
Salém Vieira, de camisa branca, é apontado como agiota e é uma testemunhas do processo da Operação Coffe Break. (Foto: Arquivo)
Salém Vieira, de camisa branca, é apontado como agiota e é uma testemunhas do processo da Operação Coffe Break. (Foto: Arquivo)

Advogados da família de Salém Pereira Vieira, 36 anos, solicitaram o pedido de proteção policial enquanto ele estiver internado na Santa Casa de Campo Grande. Salém foi alvo de pelo menos sete tiros em atentado, no inicio deste mês em frente a uma creche pela Rua Jaime Ferreira Barbosa, no bairro Guanandi, em Campo Grande.

Ele é apontado como agiota e um dos envolvidos no esquema do “Golpe dos Cheques em Branco”, e que tem como um dos personagem o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte.

O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (19) na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, onde tramita o inquérito do atentado e também no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

O pedido teria sido solicitado aos advogados pela família da vítima, que receia um novo atentado contra ele. “Eles temem que possam querer 'terminar o serviço', no hospital, principalmente pela forma violenta como ocorreu o atentado”, confirmaram os advogados da família, Marcelo Moccelin e Mikhail Monteiro.

Salém também é uma das 29 testemunhas do processo da Operação Coffe Break, que investiga um esquema para cassar o ex-prefeito Alcides Bernal, com a participação de Gilmar Olarte e de vereadores de Campo Grande, além de empresários.

Os advogados não detalharam o estado de saúde de Vieira, mas adiantaram que há a possibilidade de que nos próximos dias ele deixe o CTI (Centro de Tratamento Intensivo), e seja encaminhado para a enfermaria.

O crime – Salém Pereira Vieira, havia acabado de parar pela rua do Guanandi para deixar o enteado na creche e, ao descer do carro, um veículo Renault Logan, foi atingido pelos tiros. A esposa do motorista também estava no veículo no momento da ação.

Testemunhas revelaram que o suspeito pelos disparos estava em um outro veículo, um Volkswagen Voyage de cor preta, que fugiu do local após atirar diversas vezes. Desde então ele segue internado na CTI da Santa Casa de Campo Grande e seu estado de saúde, espira cuidados. Segundo seus advogados, Salém exerce a função de pintor.

Golpe do Cheque - Em 2015 Salém chegou a bater boca com Olarte durante audiência na justiça, no processo sobre o “Golpe dos Cheques em Branco”. Ele classificou o ex-prefeito como “171”, artigo do Código Penal para estelionato, e ainda afirmou que sofria ameaças de morte.

O processo ainda corre na Justiça, na fase de recursos, embora já tenha havido condenação. A acusação principal é de que Olarte e integrantes da igreja da qual ele fazia parte usavam cheques em branco de terceiros para conseguir dinheiro com agiotas. O homem baleado hoje seria um dos “fornecedores” de recursos.

 

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