Afastado, PM que matou na saída de tabacaria só volta com aval de psicólogo
Segundo a Polícia Militar, prática é comum após “evento crítico” envolvendo profissionais da corporação

Avaliação psicológica definirá se o soldado da Polícia Militar, Pedro Henrique Pereira, de 31 anos, que atirou contra Everton Massanti Cardoso dos Santos, de 35 anos, na saída de tabacaria na Vila Rica, em Campo Grande, voltará ao serviço. Na ocasião, a vítima não resistiu ao ferimento e morreu no local, na madrugada do último sábado (31).
Conforme a Polícia Militar, o soldado está afastado desde o ocorrido, prática comum sempre que um policial se envolve em “eventos críticos”, como a morte no fim de semana.
“Conforme o Art. 3º da Portaria n.º 05/PM-3/10, de 22 de março de 2010, após algum evento crítico envolvendo qualquer Policial Militar, o mesmo deverá ser afastado temporariamente das atividades laborais pelo seu Comandante e encaminhado para atendimento psicossocial”, diz nota enviada pela PM.
Segundo apurado pelo Campo Grande News, a previsão é que policial militar passe por avaliação psicológica ainda nesta quinta-feira (5). Se liberado, poderá retornar ao trabalho.
O caso - Conforme boletim de ocorrência, o policial militar contou que já estava de saída quando presenciou desentendimento envolvendo um colega, de 25 anos, que fazia a segurança do estabelecimento. Ele tentou intervir para evitar que a situação se agravasse, mas não teve jeito.
Um grupo com ao menos cinco suspeitos passou a agredir o segurança e o policial, que se identificou como PM, deu ordem de parada aos agressores e na sequência disparou em direção ao chão. Ainda conforme registro policial, um dos agressores, Everton, deu uma rasteira no PM, que se desequilibrou e como não conseguia se desvencilhar, atirou em direção ao rapaz, que estava muito alterado. O rapaz foi atingido e morreu no local.