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Capital

Agentes penitenciários adaptam equipamento que ajuda a monitorar presídio

Flávio Paes | 25/09/2015 22:21
Os agentes penitenciários e a engenhoca que desenvolveram para  monitorar visitas ao presído
Os agentes penitenciários e a engenhoca que desenvolveram para monitorar visitas ao presído

Um equipamento adaptado por dois agentes penitenciários que atuam na Penitenciária de  Segurança Máxima da Capital, tem  ajudado a impedir a entrada de materiais proibidos no presídio. A ferramenta consiste na utilização de uma câmera de infravermelho, do sistema de videomonitoramento da unidade prisional, acoplada a uma haste de madeira e conectada a um monitor portátil, que até então era utilizado apenas para testes de funcionamento das câmeras. A estratégia tem facilitado o trabalho de revista em locais de difícil acesso e visualização, como os espaços existentes entre o telhado e a laje.

Segundo o diretor da penitenciária, João Bosco Correia, somente na primeira vistoria com o auxílio da “invenção” foram apreendidos pelos agentes 15 celulares, 65 porções de drogas, sete chips, três roteadores, dois cartões de memória e uma balança de precisão.

O servidor penitenciário que teve a ideia, Dirceu Belmar Monis, explica que já buscava uma maneira de ter uma visualização mais efetiva desses locais, já que o uso de espelho e lanternas, procedimentos de costume, podem não ser tão eficientes.

“Cheguei a comprar, por conta própria, uma câmera e testei, mas não deu muito certo, foi então que eu procurei o agente que é responsável pela manutenção do sistema de videomonitoramento, ele topou o desafio e, após algumas alterações, conseguiu chegar ao que precisávamos”, conta o servidor.

 Há 10 anos na carreira, Belmar revela que sempre está em busca de maneiras de melhorar o sistema de revista. Segundo ele, quando trabalhava no Estabelecimento Penal de Paranaíba idealizou um equipamento que na época batizaram de “pescador”, um tipo de anzol usado para a busca de equipamentos e materiais proibidos escondidos dentro de vasos sanitários das celas. A invenção até hoje é usada na unidade prisional, inclusive auxiliou em uma apreensão de quatro aparelhos celulares, quatro carregadores e três fones de ouvido realizada no presídio do interior no dia 1º deste mês.

Responsável pelo sistema de monitoramento de câmeras, Abraão Rodrigues de Paula, o outro servidor envolvido na invenção utilizada na Máxima de Campo Grande destaca que ainda está buscando aperfeiçoar o equipamento, de forma que se reduza ainda mais o tamanho para ter acesso a locais ainda mais estreitos. “Também estamos buscando uma forma de inserirmos em locais molhados, de forma que não danifique o equipamento’, informa o agente penitenciário da área de Segurança e Custódia, que trabalha na Agepen desde 2005.

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