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Capital

Alunos reprovam em matéria online e podem deixar de colar grau

Ricardo Campos Jr. | 07/06/2017 12:16
Alunos reprovam em matéria online e podem deixar de colar grau
E-mail enviado a alunos mostra que a universidade chegou a reabrir novamente a disciplina, mas depois a cancelou (Foto: reprodução)

Um grupo com cerca de 30 alunos do curso de pedagogia Uniderp corre o risco de ser impedido de colar grau em setembro por ter sido reprovado em uma disciplina online tida como obrigatória pela instituição. Eles reclamam que estudantes de outros cursos tiveram o mesmo problema e conseguiram a reabertura da matéria, que por ser à distância pode ser feita em menos tempo.

Em razão dos problemas, os acadêmicos cogitam fazer um protesto em frente à instituição, na Rua Ceará, nessa quinta-feira (8).

Lucia Echeverria é uma das universitárias afetadas pelo problema. Por apenas um ponto, ela corre o risco de adiar os planos de se formar e tentar vaga no mercado de trabalho.

“Nas matérias presenciais, todos passaram. Essa à distância é complicada, porque não tem professor para te orientar. Você assiste umas webaulas e depois completa as atividades. Às vezes, acerta, às vezes não e não tem outra chance. E na prova, não cai o que era para cair”, relata.

Ela afirma que o grupo já tentou conversar com a coordenadora da graduação e com a reitora da universidade, Leocádia Aglaé Petry Leme, mas não houve acordo. “A reitora nunca aparece e a coordenadora nunca pode atender”, afirma Lúcia.

“Nós não achamos justo porque passamos esses três anos e meio estudando, passamos, e eles não querem abrir mão dessa janela para nós podemos refazer a disciplina. Eles dizem que isso é ordem do Kroton, grupo educacional dono da Uniderp”, pontua.

Colega de Lúcia, Lizete Samaniego Oliveira conta que a disciplina chegou a constar no sistema como reaberta. Ela fez a inscrição, mas depois recebeu um e-mail informando que a instituição havia se equivocado e o módulo só seria oferecido no próximo semestre.

Embora o programa possa ser concluído em um mês, a partir de agosto ela vai ter que pagar a rematrícula e a mensalidade de agosto para refazer a disciplina.

“Pelo menos eu teria que desembolsar R$ 1,3 mil para fazer a rematrícula e pagar a mensalidade daquele mês. Eu não tenho condições”, afirma a estudante beneficiária do Prouni. “Meu benefício não vai cobrir mais um semestre”, conclui.

O Campo Grande News entrou em contato com a Uniderp, que informou que a  instituição está apurando o caso.

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