Antes de missa, fiéis rezam frente à relíquia de São Carlo Acutis

A celebração pela canonização de Carlo Acutis continua na Paróquia São Benedito, no Jardim Marabá, e fiéis enfrentaram fila para tocar na relíquia com fios de cabelo e um pedaço do coração do rapaz, agora santificado. Muitos veem na fé o caminho para a cura.

A fila começou na igreja e chegou ao pátio da paróquia. A autônoma Jucilmara Serra Sales, 58 anos, levou três toalhinhas para tentar encostar na relíquia e entregar ao sobrinho que está enfermo. “Vim pedir a bênção dele”, contou.

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O promotor de vendas Arthur Castelli, 20 anos, pediu a intercessão do santo pela cura da doença de Crohn, que ele enfrenta desde a adolescência. “Tenho certeza de que Deus vai realizar esse milagre; tenho muita fé”, disse. Ao lado do irmão gêmeo, Pedro, e da mãe, Gabriela, ele dividiu a emoção do momento. “A gente busca a cura do meu filho e a prosperidade dos outros. É emocionante ver meus filhos jovens com tanta fé”, afirmou a mãe, chorando.

Outros fiéis ressaltavam a identificação com Carlo por ele ter vivido tão próximo à realidade da juventude atual. O estudante José Nivaldo, 20 anos, contou que acompanhou a história dele desde a beatificação. “Ele morreu com 15 anos e isso aproxima a gente. Diferente de santos muito antigos, Carlo viveu depois dos anos 2000 e tinha muito do que nós temos hoje. Isso faz com que a juventude se identifique mais”.

A artesã Meire Alves do Nascimento, 45 anos, destacou a importância do exemplo do novo santo para manter viva a tradição da missa e da Eucaristia. “Mesmo jovem, ele abraçava a tradição. Se fosse vivo hoje, faria os jovens buscarem ainda mais essa fé, que infelizmente se perde um pouco”.

Muita gente acabou não chegando até a relíquia, já que a missa, marcada para 10h, não iria atrasar. Por isso, vários fiéis desistiram da espera e foram até um dos locais destinados a quem quisesse assistir à cerimônia, com telões montados para quem não conseguiu lugar dentro da paróquia.

O jovem Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”, foi canonizado neste domingo (7) pelo Papa Leão XIV no Vaticano, tornando-se o primeiro santo da geração millennial. Morto aos 15 anos em decorrência de leucemia, Carlo se destacou por usar a tecnologia para evangelizar e, segundo a Igreja, intercedeu em dois milagres reconhecidos oficialmente, incluindo a cura de uma criança em Campo Grande.

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