"Dever cumprido", diz padre que apresentou Acutis à família de milagre em MS
Para ele, a vida de Carlo Acutis mostra que Deus segue presente em cada geração

A canonização de Carlo Acutis, realizada neste domingo (7) no Vaticano, teve um significado especial para Mato Grosso do Sul. O primeiro milagre reconhecido pela Igreja Católica e atribuído ao jovem italiano aconteceu em Campo Grande, com a cura de Matheus Viana, e colocou a Capital no centro da história que levou o chamado “santo millennial” ao altar.
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Canonização de Carlo Acutis, o "santo millennial", tem forte ligação com MS. O primeiro milagre do jovem italiano, reconhecido pelo Vaticano, ocorreu em Campo Grande com a cura de Matheus Viana em 2013. A partir deste evento, a capital sul-mato-grossense tornou-se central na trajetória de Carlo até o altar. Padre Marcelo Tenório, que acompanhou o processo desde 2011, celebrou a canonização como "dever cumprido". Fiéis em Campo Grande acompanharam a cerimônia no Vaticano. A Paróquia São Sebastião, que abriga um pulôver usado por Carlo, tornou-se ponto de encontro para a celebração. A relíquia, preservada com rigor, simboliza a ligação entre o santo e a cidade. A canonização de Carlo, com milagres reconhecidos no Brasil e na Itália, demonstra, segundo o padre Marcelo, que "Deus age em todos os tempos".
Testemunha desse caminho, o padre Marcelo Tenório foi responsável por apresentar Carlo à família de Matheus e acompanhar de perto a investigação que se estendeu por mais de uma década. Desde 2011, ele tem se dedicado ao processo que começou em Campo Grande e seguiu até a Itália, tornando-se uma das vozes mais próximas da causa no Brasil. “É um sentimento de dever cumprido. Começamos em 2011 com o processo e chegamos ao final com a canonização. Tudo começa aqui em Campo Grande para depois chegar à Itália. Graças a Deus, chegamos ao máximo, que é a canonização. Muito feliz. A missão do sacerdócio está cumprida”, disse o sacerdote.
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Durante a madrugada, fiéis lotaram o salão social da Paróquia São Sebastião, no Jardim Marabá, onde um telão transmitia a cerimônia presidida pelo papa Leão XIV. Entre os que assistiram estava Matheus, hoje adolescente, que acompanhou cada momento ao lado da avó. Em 2013, quando tinha apenas três anos, ele foi curado de uma doença congênita no pâncreas após tocar uma relíquia de Carlo. O caso, sem explicação científica, foi considerado o primeiro milagre do jovem italiano.
A paróquia também guarda outro símbolo dessa ligação: o pulôver azul usado por Carlo, trazido para Campo Grande antes da data original da canonização, em abril. Com o adiamento da celebração por causa da morte do papa Francisco, a peça ficou sob cuidados especiais. “O pulôver está guardado em um local muito seguro, com todas as normas de preservação: manutenção da temperatura, refrigeração, tudo para que o material não se deteriore com o tempo. O motivo é apenas a preservação”, explicou padre Marcelo.

Para ele, a vida de Carlo Acutis mostra que Deus segue presente em cada geração. “Deus age em todos os tempos e épocas. A canonização de Carlo Acutis mostra que Deus está vivo e pode agir em cada pessoa que se deixa conduzir por Ele. Essa é a grande mensagem de Carlo”, concluiu.
Além do milagre em Campo Grande, o Vaticano reconheceu outro em 2022, na Itália, quando a estudante Valéria Valverde, da Costa Rica, se recuperou de um grave acidente de bicicleta. Com esses dois casos, Carlo tornou-se o primeiro santo millennial da Igreja Católica.
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