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Capital

Ao som de violino e salva de palmas, vendedor assassinado é sepultado

Cerimônia foi rápida e reuniu cerca de 50 pessoas, na manhã desta sexta-feira (19)

Danielle Valentim e Mirian Machado | 19/04/2019 09:51
Assim como no velório, a família continua muito abalada e preferiu manter o silêncio. (Foto: Henrique Kawaminami)
Assim como no velório, a família continua muito abalada e preferiu manter o silêncio. (Foto: Henrique Kawaminami)

A cerimônia de sepultamento do corpo de Valério Encina, de 47 anos, foi rápida e reuniu cerca de 50 pessoas, na manhã desta sexta-feira (19). Ao som de violino e salva de palmas, amigos e familiares se despediram do vendedor assassinado com 14 facadas na madrugada de ontem (18), no Jardim Leblon.

Assim como no velório, a família continua muito abalada e preferiu manter o silêncio. O vice-presidente da escola Catedráticos do Samba, Elvis Pulquério, estava presente e ressaltou a frieza do crime.

“Ele era alegre, do bem e ajudava todo mundo. Ele desfilou com a gente esse ano e sempre chegava nos lugares com alto astral. Nunca o vi reclamar de nada e nem de ninguém. Esse crime foi uma coisa muito bárbara. Nem nós da escola, nem a família temos suspeitas”, disse. “Está todo mundo sem entender”, completou.

Outra colega, que preferiu não se identificar, disse que eles só se encontravam em época de Carnaval, mesmo assim, o conhecia pela alegria. “Ele sempre estava com o companheiro dele. Era muito alegre. Acho isso muito estranho”, disse.

Homenagem - O carinho é tanto que em 2020, uma das alas da escola que ele fazia parte fará homenagem. “Ainda será discutido como será feita essa homenagem, mas certamente vamos falar sobre ele em uma das alas”, explicou a presidente da escola, Marilene Pereira de Barros.

Crime brutal - O corpo de Valério Encina foi encontrado dentro do carro, na Rua Clineu da Costa Moraes, no Jardim Leblon. De acordo com boletim de ocorrência, o companheiro dele relatou que o vendedor saiu de casa por volta das 4h para passar em uma conveniência e comprar bebidas.

Imagens de circuito de segurança mostram o carro conduzido por Valério passando em velocidade reduzida na rua, parando depois de subir na calçada e bater em um muro, o que teria ocorrido às 4h08.

O corpo dele foi encontrado por motorista de aplicativo que passava pela rua e viu o carro encostado no muro. A testemunha se aproximou do automóvel e percebeu que havia uma pessoa dentro dele. A polícia foi acionada e constatou a morte de Valério, mas até então ninguém foi preso.

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